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Alex não guarda boas recordações do dia 12 de junho de 1993. Enquanto a família fazia festa ao ver o Palmeiras golear o Corinthians por 4 a 0 na final do Paulista e sair da fila de 17 anos sem títulos, o menino de 11 anos, único corintiano entre palmeirenses, chorou o vice-campeonato.
O irmão André Júnior, dois anos mais velho do que o meia, conta como foi a vingança do porco imitado por Viola, autor do gol da vitória (1 a 0) do Timão no jogo de ida, também no Morumbi.
– Nós fizemos passeata na cidade (Santa Amélia, norte do Paraná), pintamos um porquinho de verde e branco e amarramos uma viola do lado dele. Para fechar, comemos uma macarronada, já que somos descendentes de italiano – diz ele, que atualmente mora em São José do Rio Preto (SP).
Mãe coruja, Abélia relata que, desde aquela decisão, trocou o verde pelo preto para proteger o caçula – além de Júnior, o meia tem mais um irmão: Alison, quatro anos mais velho.
– Fiz isso para consolá-lo.
Neste domingo, a torcida alvinegra está reforçada pelos filhos e o marido André, que é santista. Quando o camisa 12 chegou ao Parque São Jorge, em maio, todos sabiam que teriam de deixar a paixão de lado para apoiar Alex.
– Sou palmeirense de coração, mas corintiano por ocasião. Quero que o Corinthians seja campeão. De preferência, com gol do meu irmão – finaliza Júnior, que assistirá ao jogo pela TV.
A família Meschini
André (pai)
Santista sem muita devoção, é agricultor e iniciou os primeiros passos na política na Câmara de Santa Amélia (PR) pelo Partido Verde (PV).
Abélia (mãe)
Funcionária pública aposentada, era torcedora do Palmeiras até ver Alex chorar na final do Paulista de 1993.
Alison
Também é palmeirense, mas não tão fanático quanto Júnior. Reside em Palotina, município do extremo oeste do Paraná a 667 km da capital.
André Júnior
'Eu era tão fanático que, de tão chato, parecia corintiano', afirma. Mora em São José do Rio Preto (SP).
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