Federações alegam que não foram ouvidas sobre COL

Pelo menos dois presidentes de federações estaduais de futebol confirmaram ao LANCENET! que o mandatário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, não convocou a Assembleia Geral para pedir uma autorização para a entidade participar de uma sociedade com fins lucrativos, o que exigiria mudança no seu estatuto. Carlos Orione, do Mato Grosso, e Carlos Alberto Oliveira, de Pernambuco, ainda frisaram que nenhuma alteração estatutária foi efetuada.

- Ele (Teixeira) não me pediu nada. Aliás, o grande problema dessa Copa no Brasil é que as federações estão à margem de tudo. Não sabemos de nada - salientou o presidente da Federação Estadual de Futebol de Pernambuco, que integra a Assembleia Geral da CBF, ao lado dos demais presidentes de federações estaduais.

Ao registrar o contrato na Junta Comercial do Rio de Janeiro, o procurador Gustavo Borba apontou a falta de uma autorização da Assembleia Geral para a CBF participar de uma sociedade com fins lucrativos. Ele ainda lembrou que a entidade também não tinha em seu estatuto a previsão de participar desse tipo de associação.

- Estou a dois mil quilômetros do Rio e não fui consultado sobre isso (a autorização). Seria realmente necessário convocar uma assembleia e colocar em pauta - disse o presidente da Federação Estadual de Futebol Mato-grossense.

Apesar de Orione e Oliveira terem revelado a falta de comunicação entre a CBF e as suas federações, alguns presidentes de entidades de futebol, como a de São Paulo, Marco Polo Del Nero, preferem passar um cheque em branco para Teixeira.

- A Federação Paulista de Futebol, por meio de seu presidente, tem absoluta confiança nos atos administrativos praticados pelo presidente Ricardo Teixeira. E o apoia em suas decisões - escreveu Del Nero, em nota.

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