Faixas continuam sendo vendidas fora do Olímpico

As polêmicas faixas de repúdio a Ronaldinho Gaúcho com a palavra 'pilantra' continuam sendo comercializadas do lado de fora do Olímpico, em Porto Alegre, local da partida entre Grêmio e Flamengo, neste domingo, às 16 horas. As últimas unidades estão sendo vendidas e restam menos de 100, como informou Thiago Russell, um dos idealizadores da faixa e responsável pelo Blog Grêmio Libertador.

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Segundo Russel, já existe uma petição em mãos caso a Polícia Militar repreenda os torcedores que levarem a faixa ao estádio, como ameaçou fazer a PM.

- Já falamos com o pessoal do Grêmio. Não tem porque proibir nada. A brigada militar está pedindo que não leve. Mas não existe nada na Justiça que proíba. Nós já temos uma petição própria, mas acredito que não a usaremos -, disse Russell.

Quem não comprou a faixa não deve se preocupar. O torcedor que levar o cartaz em branco, poderá usar o spray na hora para escrever seu protesto. Segundo Russell, o Olímpico não terá um clima hostil.

- O Ronaldinho vai jogar em um ambiente positivo. O que iremos fazer será apenas um ritual de exorcismo -, avisa.

A equipe gaúcha treinou na manhã deste sábado no Estádio Olímpico e cerca de 200 torcedores acompanharam a movimentação.

Relembre o caso das faixas:

Baseada no Estatuto do Torcedor, a Polícia Militar do Rio Grande do Sul pretende proibir que torcedores do Grêmio entrem no Olímpico, neste domingo, com a faixa que chama Ronaldinho Gaúcho de ''Pilantra''. Insatisfeitos com a decisão, os criadores do item já se mobilizam para impedir o que eles garantem ser uma ''censura''.

Segundo a Polícia gaúcha, as faixas ferem o artigo 13 do Estatuto do Torcedor, que diz: ''Não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas. Inclusive de caráter racista ou xenofóbico''.

No entanto, na visão dos criadores do item, que é vendido a R$ 5, uma possível proibição só irá causar prejuízos no domingo, quando Ronaldinho enfrentará o seu ex-clube pela primeira vez atuando em Porto Alegre.

– Com essa proibição eles vão criar um clima de revolta muito grande. Não será fácil segurar 45 mil pessoas no Olímpico. O que eles pretendem é inconstitucional e nós lutaremos pelo nosso direito. Encaminharemos uma liminar para termos o direito de expressarmos a nossa liberdade – disse Tiago Russel, um dos integrantes do Blog Grêmio Libertador, responsável pela comercialização das faixas, ao LANCENET!.

Luiz Moreira, diretor de administração do Grêmio, destacou que o clube apenas pede para que não exista qualquer tipo de manifestação contra Ronaldinho.

– Quem pode proibir algo é a Polícia, a Brigada Militar. Eles é que são os responsáveis pela revista na entrada do estádio. O nosso pedido é para que tais manifestações não aconteçam. Apenas isso. Nem tínhamos conhecimento dessa proibição – explicou Moreira ao LNET!.