Espanha tenta esconder o jogo no Grand Prix

Depois de perder a final do Mundial de Futsal para o Brasil, no Rio de Janeiro, em 2008, a Espanha aceitou o convite para disputar a edição 2010 do Grand Prix, que começa neste domingo na cidade de Anápolis (GO), com o intuito de acabar com a hegemonia brasileira na competição (a Seleção venceu as cinco edições anteriores). No início da noite deste sábado, os atuais vice-campeões mundiais realizaram o último treino no Ginásio Newton de Faria antes da estreia contra o Qatar, às 12h (de Brasília) deste domingo. E não deixaram ninguém assistir ao trabalho técnico e tático.

- Não fechamos o treino por nada em especial. Normalmente, os nossos treinos não são abertos. É algo normal em qualquer competição - disse o técnico da Espanha, José Venâncio Lopez, que comandou a Fúria no Mundial de 2008.

Aproveitando alguns momentos de descuido dos espanhóis, a reportagem do LANCE! conseguiu dar pequenas espiadas no trabalho dos bicampeões mundiais em 2000 e 2004. Além de focar na recuperação física dos seus atletas - a Espanha fez uma viagem de 30 horas para chegar a Goiás, incluindo nove horas de espera em São Paulo -, Lopez também deu ênfase ao trabalho em meia quadra. Em certo momento, enquanto uma das traves estava em sua posição original, a outra estava no círculo central.

Sobre a tentativa de a Espanha acabar com a hegemonia brasileira no Gran Prix, Lopez preferiu o discurso político, frisando que a Seleção Brasileira é o favorita para conquistar o título.

- O Brasil tem uma grande equipe, é o atual campeão do mundo e tem mais tradição no futsal. Em princípio, nossa expectativa é ir jogo a jogo e nos classificarmos para as quartas de final na primeira posição do Grupo B - afirmou o treinador.

Usando do mesmo artifício da Espanha, Portugal e Rússia também fecharam seus treinamentos na tarde deste sábado.

O repórter viaja a convite da CBFS