Eleição de cidade-sede dos Jogos de 2020 vira guerra em Buenos Aires
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O clima foi de tensão, nervosismo e insegurança na quinta-feira em Buenos Aires entre Istambul, Madri e Tóquio candidatas à sede dos Jogos Olímpicos Paralímpicos de 2020. A eleição ocorre no sábado e poucas vezes a indefinição quanto ao ganhador foi tão grande.
Sem um favorito, o lobby do hotel onde ocorrerá a eleição e se encontram os membros votantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) se transformou em uma praça de guerra. Em sua terceira tentativa, os espanhois investem na influência da família real.
O futuro rei espanhol, o príncipe das Astúrias, Felipe de Bourbon, foi nomeado presidente honorário da candidatura e tem se esforçado em cumprir o seu papel. Passa o dia à disposição de todos no lobby.
E se Madri cerca de um lado, Tóquio ataca do outro. O CEO da candidatura japonesa, Masato Mizuno, tem livre trânsito junto ao colégio eleitoral e conhece a todos.
Por se considerarem favoritas, Tóquio e Madri travam uma disputa intensa. Na quarta-feira, a capital japonesa divulgou uma pesquisa em que teria o apoio de 92% da população. Na quinta-feira, Madri revidou e divulgou uma sondagem em que apareceu com 91% de aprovação para suas pretensões olímpicas.
Já Istambul faz de tudo para mostrar que o conflito na Síria, o que torna a sua região uma incógnita para o futuro, não atrapalhará sua vitória. Na quinta-feira, os turcos disseram que iriam apresentar uma surpresa, dando a entender que poderia virar o jogo e, no fim, revelaram que 50 atletas com idade inferior a 25 anos sentarão nas primeiras fileiras da sala de convenções onde ocorrerá a votação.
O apelo à juventude foi um dos discursos utilizado pelo Rio na campanha pela sede de 2016. E foi muito bem recebido pelo colegiado do COI. Ao recorrer a nova geração, Istambul deseja mostrar que está em sintonia com o desejo da entidade internacional de rejuvenescer o seu público.
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