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Disputar decisão na adversidade não é novidade na carreira de Felipão

Dia 01/03/2016
00:27

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A Espanha ganhou a última Copa do Mundo. A Espanha é a atual bicampeã da Eurocopa. A Espanha tem a base do Barcelona, que dominou o cenário do futebol nos últimos anos. A Espanha tem jogadores como Xavi e Iniesta, sempre cotados ao posto de melhor do mundo. A Espanha tem entrosamento que poucas vezes se viu. Impossível, então, ver o Brasil conquistar a Copa das Confederações? Se contar com Felipão, não!

Ao longo dos seus 31 anos de carreira, o técnico Luiz Felipe Scolari já obteve sucesso diante de cenários tão complicados quanto esse que encontrará na noite deste domingo no Maracanã. Times piores contra times ótimos. Times simplórios, que pagavam pouco, contra grandes clubes, que pagavam salários altíssimos. Bons times contra times maravilhosos. Times pouco badalados contra times midiáticos. Não importa o obstáculo nem o tamanho dele. Felipão já teve algumas pedras em seu caminho e soube tirá-las com seu trabalho.

– A Espanha conquistou vários títulos nos últimos seis anos, tem entrosamento. Mas nós voltamos a ter credibilidade com os torcedores e queremos o título, eles podem ter um pouco de superioridade, mas podemos igualar e até passar com nosso espírito – afirmou o comandante, em entrevista coletiva neste sábado, no Rio.

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Esse "espírito" citado por Felipão é apenas uma de suas armas. Mexer com o psicológico dos jogadores, tirar aquilo que nem o atleta sabe que teria, elevar a confiança dos torcedores e transformar um ambiente pessimista em confiança total. Tudo isso sempre foi sua marca. Tudo isso será usado neste domingo por ele diante da Espanha. Te cuida, Fúria!

EXEMPLOS DE TRIUNFO NA ADVERSIDADE:

1987
No início da carreira como treinador, Felipão conquista o título gaúcho contra o rival Internacional, com um time que era inferior tecnicamente.

1991
Felipão, ainda desconhecido, leva o pequeno Criciúma ao título da Copa do Brasil contra o poderoso Grêmio, considerado amplamente favorito.

1995
O Grêmio era um bom time, mas bem inferior ao Palmeiras naquela Copa Libertadores. Em dois grandes jogos, que terminaram em goleada, Tricolor gaúcho eliminou o Verdão do torneio.

2000
Na Copa Libertadores, um exemplo que entrou para a história de um dos clássicos mais importantes do país. O Palmeiras de Felipão, muito inferior tecnicamente em relação ao Timão de Oswaldo de Oliveira, passa pelo rival em chega à decisão da competição.

2004
No comando de Portugal, Felipão elimina Inglaterra e Holanda e chega à final contra a Grécia, que viraria algoz.

2012
Semifinal da Copa do Brasil. Palmeiras elimina o Grêmio, que era visto como o favorito, e chega à final do torneio. Na decisão, título em cima do Coritiba.

BATE-BOLA

Felipão, treinador da Seleção Brasileira

Um título contra a Espanha independe de jogar bonito ou não?
Jogamos bonito uma Copa do Mundo e não ganhamos. Sacrificamos o resultado pelo espetáculo. A seleção da Espanha está jogando bonito e ganhando. Dizem que daqui a dois anos, os que estão surgindo não têm o mesmo estilo. São épocas. A seleção de 2002 foi bonita. Fez 19 gols, venceu todos os jogos e ganhou. Às vezes, não é possível. O resultado fica para a história, o jogo bonito passa. Essa é a minha filosofia. Quer gostem ou não gostem.

Os jogadores demonstraram uma motivação altíssima para encarar a Espanha. O que pode falar disso?
Meus jogadores estão muito motivados para o jogo, muito contentes por chegar à final. Vejo os atletas conversando muito mais sobre a final, até mais do que eu imaginava que eles fariam antes do jogo. Às vezes temos que segurar. Como disse o Daniel Alves (em entrevista coletiva antes do treinador), temos condições, acreditamos em nós e respeitamos a Espanha. No Brasil, nós temos que nos fazer respeitar. Nossa casa.

O que foi mais complicado consertar para chegar à final do torneio?
Vocês não imaginam a dificuldade que é ficar 30 dias juntos, administrar coisas que não são do futebol. Todo dia é uma situação nova, passando coisas novas aos atletas. Não é fácil. Os últimos 30 dias foram mais longos do que imaginávamos. Para montar uma seleção com essa possibilidade de final, tivemos que percorrer caminho que não esperávamos...

O que significaria esse título?
Mandamos uma mensagem, com a vitória, de que estamos no caminho para disputar o título de 2014. E se não vencer, mas jogarmos bem, criarmos e formos uma equipe que mostre igualdade, também estaremos mandando essa mensagem. Esse era o nosso propósito e dos jogadores quando começamos. E vale também uma mensagem para o torcedor brasileiro.

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