Diante do Coxa, Cruzeiro inicia operação contra o rebaixamento

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Reação. Esta é a única palavra do vocabulário celeste até o final do Brasileirão. Depois de aceitar que sua briga dentro do campeonato é contra o rebaixamento, o Cruzeiro começa nesta quarta-feira, contra o Coritiba, às 20h30min, no Couto Pereira, sua caminhada em busca da permanência na primeira divisão. O confronto terá transmissão em tempo real pelo LANCE!NET.
Com apenas 29 pontos, a Raposa tem cinco a mais do que seu arquirrival, Atlético, o primeiro time na degola. Ainda sem vencer no returno, o Cruzeiro tem 19% de chances de cair e flerta com o Z-4, mas, até aqui, ainda não entrou na zona de rebaixamento.
A fórmula para se livrar totalmente do perigo do descenso é somar mais 16 pontos e atingir 45, margem que garante a permanência na Série A. Para isso, o aproveitamento até o final do Brasileirão precisa ser de 39%, começando pelo complicado duelo desta noite, no Couto Pereira.
- Cada jogo é uma situação. Muitos detalhes, outras situações mais motivacionais. Estamos sempre tentando atingir os pontos necessários. Para esse jogo tem que ser um conjuntos de aspectos, muita questão tática. Não podemos esquecer de colocar o grupo para cima, para deixá-los à vontade – disse o técnico Emerson Ávila.
Acostumado a brigar sempre no alto da tabela, Fabrício admitiu a dificuldade de se lutar contra o rebaixamento e já projetou o número de vitórias necessárias para o Cruzeiro se livrar da degola.
- É difícil jogar um campeonato assim, mas, infelizmente, aconteceu. Agora é ganhar cinco ou seis jogos para sair dessa situação e planejar o ano que vem - disse o volante, que completou.
- Jogar campeonato para sair do rebaixamento é desesperador. É pressa para voltar a se acertar, sair dessa situação. Temos que trabalhar e nos empenhar - finalizou.
Ávila não se assusta com início ruim
Emerson Ávila assumiu a equipe celeste diante do Palmeiras, conquistando um empate importante fora de casa. O treinador dava a impressão de que iria colocar o Cruzeiro nos trilhos, após a saída de Joel Santana, mas, até aqui, ainda não venceu. Foram quatro partidas, com dois empates e duas derrotas.
Ávila admite que está procurando desesperadamente o primeiro triunfo, para poder deslanchar no comando celeste.
- Fico um pouco ansioso em fazer o melhor, buscar logo essa primeira vitória para dar uma arrancada. Para ter a sequencia (de vitórias) é preciso conseguir a primeira - comentou o treinador.
Com apenas dois pontos nos primeiros 12 disputados, Ávila alcançou o pior início de trabalho à frente do Cruzeiro nos últimos 23 anos. No entanto, o treinador celeste aposta em sua história dentro do clube para dar a volta por cima.
- Nos últimos 23 anos tenho o pior começo de um treinador, mas estou tranquilo em relação a isso. Sou o mais orgulhoso de estar nessa função, porque sou formado aqui no clube. tenho respeito muito grande de todos aqui no Cruzeiro. Fico satisfeito com isso, mesmo não atingindo objetivos e metas traçados pelo clube - acrescentou.
Arrancada do turno é exemplo
No primeiro turno do Brasileirão, o Cruzeiro viveu situação parecida com a atual. Nas cinco primeiras partidas, a equipe também não venceu, como agora, no returno. Foi apenas contra o Coritiba, na sexta rodada, que marcou a estreia de Joel Santana, que o time conseguiu seu primeiro triunfo e arrancou para cinco vitórias em seis jogos.
Desta vez, cabe aos jogadores celestes fazerem com que a história se repita, na mesma sequência de jogos. Para o volante Fabrício, o Cruzeiro precisa jogar com inteligência para conseguir conquistar o pontos, sobretudo fora de casa, sem partir de qualquer maneira para cima do adversário.
- Temos que respeitar o Coritiba. O torcedor fica chateado de não ter time ofensivo, mas temos que ir lá e montar estratégia para jogar no erro do adversário - comentou o volante celeste.
Bate-bola: Fabrício, volante do Cruzeiro
Como você vê a cobrança da torcida para cima do time?
Fabrício: A torcida tem esse direito. Entendemos o lado deles. Estamos chateados também, mas, mais do que nunca, precisamos deles. Por isso trouxemos os jogos para Sete Lagoas. Precisamos de toda a ajuda possível para voltar a jogar o bom futebol e sair dessa situação.
Brigar na parte inferior da tabela te incomoda?
Fabrício: Estou quatro anos aqui e é difícil estar num campeonato sem almejar nada. Não podemos iludir o torcedor. Conquista já era, Libertadores está muito difícil. Sinto é que todo mundo está chateado, principalmente alguns jogadores que já estiveram em grandes conquistas.
Na hora mais difícil o time está repleto de desfalques...
Fabrício: Essas coisas vem de uma vez só. Quando estamos atrasados, todos os sinais ficam vermelhos. Não adianta chorar, todo mundo que está aqui tem responsabilidade e saber que a hora que o time precisar tem que estar pronto. Sem desculpinha, tem que chamar a responsabilidade, independente de protestos.
Como vai ser a postura celeste na partida desta noite?
Fabrício: É um jogo de estratégia. Não podemos arriscar, não estamos com timaço que vai na casa do adversário que pode agredir a todo o momento.
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