Cruzeiro prega cautela com o Grêmio, freguês histórico

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Embalado por duas vitórias seguidas no Brasileirão, o Cruzeiro receberá na próxima quarta-feira o Grêmio. A julgar pelo histórico no confronto direto entre as duas equipes, a Raposa tem boas chances de emplacar o terceiro triunfo e seguir firme sua reação na competição.
Até aqui, as duas equipes se enfrentaram 55 vezes na história, com 25 vitórias celestes, 16 empates e 14 triunfos do Grêmio. O Cruzeiro também costuma se dar bem em cima do Tricolor gaúcho em jogos decisivos, como nas Libertadores de 1997 e 2009, além da Copa do Brasil de 1993.
Para melhorar a situação da Raposa, o Grêmio não atravessa um bom momento. Com oito pontos somados no Campeonato Brasileiro e ocupando a 11ª posição – uma abaixo do Cruzeiro –, o Tricolor perdeu recentemente o técnico e ídolo Renato Gaúcho, que pediu demissão na quinta-feira passada.
Sem vencer há quase um mês – a última vitória foi no dia 05/06, sobre o Bahia, no Estádio Olímpico –, o jejum gremista já chega a cinco partidas. Mais facilidade para o Cruzeiro? Não é o que pensa o técnico Joel Santana.
- Esse momento do Grêmio é muito perigoso, como o do Cruzeiro foi. Não podemos esquecer da competência e da qualidade do Grêmio, que já foi campeão mundial, tem uma boa equipe, um bom elenco. Disputou a Libertadores esse ano, é um bom clube. Temos que respeitar para não sermos surpreendidos dentro de casa – afirmou o comandante celeste.
O discurso cauteloso de Joel foi endossado pelo zagueiro Gil. O defensor lembrou que a mudança de técnico, que deve se concretizar já na partida diante do Cruzeiro, pode ser um fator determinante para marcar o início de uma reação gremista.
- O Grêmio vem sempre querendo arrancar pontos dos adversários. A mudança de técnico é motivante. O Grêmio deve ter jogadores que não estavam tendo oportunidades e com o novo treinador elas vão surgir. Temos que encarar esse jogo como uma decisão – observou o defensor.
Desvantagem recente
Apesar de ter amplo domínio na história dos confrontos diretos contra o Grêmio, o Cruzeiro não vence o Tricolor há cinco jogos. O último triunfo celeste foi na Copa Santander Libertadores de 2009, no Mineirão, quando a Raposa aplicou 3 a 1 na equipe gaúcha.
De lá para cá, nada de vitórias celestes. Foram cinco jogos, com três empates e duas vitórias do Grêmio.
No jogo de volta do mata-mata pelo torneio continental, o Cruzeiro ficou com a vaga na final, mas às custas de um empate por 2 a 2, no Estádio Olímpico. Pouco tempo depois, pelo Brasileirão daquele mesmo ano, goleada gremista por 4 a 1, em partida também disputada em Porto Alegre.

Joel pede cuidado com momento do Grêmio (Foto: Gil Leonardi)
No returno do campeonato nacional, um empate amargo no Mineirão. O Cruzeiro vencia por 1 a 0 até os acréscimos do segundo tempo, quando Herrera deixou o placar igual. À época, os dois pontos perdidos custaram caro ao time celeste, que brigava pelo título Brasileiro.
No ano passado, já na Arena do Jacaré, palco da partida da próxima quarta-feira, o Cruzeiro correu atrás do placar durante todo o jogo e conseguiu um empate em 2 a 2, com dois gols do volante Henrique. Já no segundo turno, a Raposa sofreu nova derrota no Olímpico. O argentino Montillo colocou a equipe celeste na frente, mas o Tricolor gaúcho virou o jogo e venceu.
Freguês em decisões
Como se não bastasse a freguesia no contexto geral, o Grêmio ainda leva desvantagem para o Cruzeiro nos jogos decisivos. Até hoje, as duas equipes se encontraram em quatro oportunidades de mata-mata e a Raposa levou a melhor em todas.
Além disso, ter o Grêmio pelo caminho é sinal de boa notícia para o Cruzeiro. Sempre que enfrentou os gaúchos em partidas decisivas, o clube celeste fez boas campanhas, muitas vezes coroadas com títulos.
O primeiro encontrou decisivo foi em 1966, pela Taça Brasil, curiosamente os primeiros jogos oficiais entre as duas equipes. A Raposa arrancou um empate, no Olímpico, e venceu por 2 a 1, no Mineirão, eliminando o Grêmio. Na sequência o, o Cruzeiro seria o campeão da competição.
Em 1993, encontro na final da Copa do Brasil e novo título celeste. Novamente, empate sem gols no sul e vitória por 2 a 1 no Mineirão.
Na Libertadores, só deu Cruzeiro. Em 1997, pelas quartas de final, a Raposa eliminou o Grêmio dentro do Olímpico. A história se repetiu em 2009, pela semifinal do torneio sul-americano.
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