Corintiano fanático, Billy Paul exalta Fiel na Arena: ‘Eles vivem o jogo’
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O grito de "Vai, Corinthians!" ganhou uma das mais famosas vozes do mundo. Aos 79 anos, o astro de soul music norte-americano, Billy Paul, esteve entre os 30 mil presentes na Arena Corinthians na última quarta-feira. Em um camarote, torceu e comemorou a emocionante vitória alvinegra por 4 a 3 sobre o Sport, pelo Brasileirão-2015.
- Espero eu que sempre dê sorte nos jogos (risos). Eu acho que o Corinthians tem boa chance de ser campeão. Quero ver sempre que puder. Enquanto estiver longe e não der, vou estar gritando "Vai, Corinthians!" - afirmou o cantor, em entrevista ao LANCE!, impressionado com a torcida no estádio.
- O mais importante é que eles vivem o jogo. É impressionante como vivem o jogo - admira-se.
É inusitado, mas Billy Paul é mesmo corintiano. A paixão começou no fim da década de 1980, quando ele começou a trabalhar com o empresário Decio Cotomacio, sócio 1.702 da uniformizada Gaviões da Fiel. O astro já era fã de futebol e começou a acompanhar a equipe, colecionando objetos do clube ao longo dos anos.
Em 2011, Billy esteve no Parque São Jorge e encontrou-se com o então presidente Andrés Sanchez, que o presenteou com uma camisa do Timão branca, com autógrafos de todos os jogadores do elenco, e uma camisa vinho - na época o terceiro uniforme do clube - com o nome do cantor grafado nas costas.
No ano seguinte, porém, foi quando aconteceu a principal história. O cantor tinha show marcado em Santos na mesma época da semifinal da Libertadores entre Santos e Corinthians. Decio e Billy foram "infiltrados" nas cadeiras da Vila Belmiro e estavam na linha da bola quando Sheik acertou o ângulo e garantiu a vitória por 1 a 0. Em outros momentos, os dois soltaram gritos no meio da torcida rival e quase se complicaram.
- Nós fomos disfarçados àquele jogo, ninguém nem notou o Billy Paul. Em alguns momentos, me peguei torcendo com ele a favor do Corinthians, no meio dos santistas. Quase apanhamos, mas deu tudo certo (risos) - relembrou Decio.
Nascido em Filadélfia, nos Estados Unidos, o astro norte-americano também gosta de futebol americano. É fã do Philladelphia Eagles. No futebol, ele chegou a ver jogos do Flamengo, mas garante que o coração é mesmo corintiano.
- Eu assisto muito aos jogos do Corinthians em casa. Nos Estados Unidos, eles passam o campeonato do Brasil, eu sempre vejo. Quando eu tenho tempo, quando estou de folga, eu vejo o Corinthians.
Soul Mates Festival neste sábado
Vencedor de Grammy Awards e detentor de diversos álbuns de platina, com os clássicos “Me & Mrs. Jones”, “Your Song”, “Only The Strong Survive”, “Thanks For Saving My Life” e “July, July, July”, Billy Paul fará parte do Soul Mates Festival, principal evento de Soul Music do Brasil, que ocorrerá neste sábado (15), no Paço das Artes, em São Paulo, a partir das 16h.
Mesmo com 79 anos e com chance de realizar sua última turnê mundial neste ano, ele garante que ainda quer voltar ao Brasil outras vezes.
- Eu espero que não seja minha última turnê no Brasil. Eu nunca disse que será minha última (risos). Espero que Deus me permita voltar aqui muitas vezes ainda - ressaltou.
Billy Paul nesta quarta, antes de Corinthians x Sport na Arena (Foto: Agência Corinthians)
Bate-Bola: Billy Paul, cantor norte-americano, torcedor do Corinthians
Qual foi a sensação de acompanhar o Corinthians em seu novo estádio pela primeira vez?
Foi muito legal. Foi uma honra estar no estádio, todos me trataram muito bem. Foi uma honra conhecer a equipe, de jovens jogadores, que têm de jogar juntos. Foi um bom jogo, poderia ter sido um pouco melhor. Mas o Corinthians ganhou, isso que importa (risos).
Você chegou a entrar no gramado e aparecer no telão.
Não esperava por isso. Foi surpreendente. Eu só tenho a agradecer. Eu estive muito pouco com os jogadores, estive mais com os dirigentes, os torcedores... Mas eles estão de parabéns, fizeram um grande jogo.
Como ficou o coração depois do empate do Sport?
Eu achei que eles ficaram um pouco nervosos com o empate. Deram uma relaxada depois que abriram dois gols, mas depois conseguiram a vitória. Provou o potencial que o time tem.
Em 2012, você e seu empresário estiveram na Vila Belmiro para o Santos x Corinthians pela Libertadores.
Aquele jogo foi muito excitante, muito legal mesmo. Foi selvagem. Eu gosto muito de futebol, torci muito. Quando estou no Brasil, eu sempre tento vir a algum jogo e assistir ao Corinthians.
Como nasceu a paixão pelo Corinthians?
Meu empresário, Decio, é um fã incondicional do Corinthians. Ele me apresentou o clube, a torcida, e eu gostei muito. Ele é cego pelo Corinthians, só fala do clube o tempo inteiro. Como eu gosto muito de futebol, também comecei a gostar e acompanhar. Eu desejo toda a sorte do mundo, espero que sejam campeões neste ano.
Quais são as palavras que sabe falar sobre o Corinthians?
Vai Corinthians! Só isso, está bom! Eu espero gritar muito "Vai, Corinthians" até o fim do campeonato e dar sorte.
Você jogava futebol?
Eu nunca joguei, nunca chutei uma bola (risos). Eu apenas gosto.
Chegou a acompanhar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo?
Eu fiquei muito decepcionado. Até antes, quando Neymar levou aquela joelhada nas costas e se machucou. A equipe sentiu muito a falta dele. Eu acho que o Brasil estava jogando um futebol para ganhar da Alemanha. Os alemães tiveram muita sorte que o Brasil perdeu seu melhor jogador...
Hoje, a Seleção é muito diferente daquela que tinha Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho...
É diferente, né? Eu já tive a chance de ver um jogo do Brasil e depois sentar e conversar com o Ronaldo. Fiquei muito entusiasmado. Para mim, ele é o grande jogador do Brasil depois do Pelé. Pelé é o maior de todos, não há discussão. A Seleção hoje eu acho muito boa. A pena foi ter ficado sem Neymar...
Não há jogador hoje como Pelé, mas existe algum que seja o melhor para você atualmente?
Eu acho impossível. Pelé inventou o futebol. Eu digo isso porque ele inventou movimentos, dribles, que nunca haviam existido. Eu não gosto de comparar ninguém a ele. Pelé é história, Pelé é um ícone.
Como está a ansiedade para o festival de sábado?
Eu espero um bom público, eu farei meu melhor, vou cantar o meu melhor. Espero que todos os corintianos estejam lá para me prestigiar (risos).
Nota de Redação: A reportagem abordou a idade do cantor como 80 anos, e o próprio corrigiu, dizendo que o correto era 79. "Todos os sites, inclusive o Wikipedia, dão a idade errada. Não sei de onde tiraram isso, eu tenho 79 anos (risos)"
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