Com média atual, Grêmio tem de fazer três gols no Chile

Mais uma vez, a defesa do Grêmio falhou em dois momentos decisivos, e a derrota se consumou. Apesar de ter levado apenas um gol dentro de casa na Libertadores até o duelo com o Universidad Católica, fora de casa o setor defensivo havia vazado oito vezes, em quatro jogos. Se mantiver essa média, precisará fazer três gols em Santiago para garantir a classificação.

Na derrota para La Católica, Rodolfo não estava em campo, suspenso. Mas mesmo quando os titulares atuam – Rafael Marques e Rodolfo – a zaga tem problemas. Jogando longe de Porto Alegre foram dois gols diante do Liverpool, dois contra o Junior, três frente ao Oriente Petrolero e mais um com o León.

- Um gol desses leva vários fatores que contribuem. Não podemos culpar só a defesa, porque a marcação começa lá na frente, e estoura atrás. Pode ser um erro meu, de não ter diminuído o espaço, não podemos culpar os zagueiros. Temos que olhar os vídeos, acertar e ai bola pra frente. Tomamos gols, mas temos feitos. São pequenos detalhes que temos tempo para ajustar – analisou o volante Adilson.

Veja os gols da derrota do Grêmio na Libertadores

Dos onze gols sofridos na competição continental, seis foram oriundos da bola aérea, o grande problema do Grêmio. Todos os adversários até o momento marcaram gols de cabeça – Junior, León, Oriente e Católica, um; Liverpool, dois – em confrontos na Libertadores. Pelo Gauchão, a deficiência também apareceu na semifinal, diante do Cruzeiro, quando mais dois gols foram marcados pelo alto.

- Não adianta ficar expondo os erros. Estamos aqui para procurar corrigir. É trabalhar, trabalhar, conversar onde nós erramos. Para que isso não se repita, a gente treina todos os dias. No momento que eles vão para campo, procurem dar o máximo. Treinar, nós treinamos, mas não existe time perfeito – disse Renato Gaúcho.

O técnico, inclusive, implantou no Estádio Olímpico a "forca". Uma armação de madeira como a do antigo equipamento utilizado para enforcar condenados, mas com uma bola na ponta. Apesar disso, o problema vem sendo recorrente no semestre.