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Coadjuvantes em alta na Raposa

Santa Fe x Botafogo - Cachorro (Foto: Leonardo Muñoz/EFE)
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Dia 27/10/2015
23:39

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É consenso geral que a maior estrela do Cruzeiro veste a camisa 10. Montillo é o principal nome do time no Brasileirão e até por isso sempre recebe uma atenção especial do adversário. O argentino recebe marcação praticamente individual em todo jogo. Até por isso, nem sempre a Raposa consegue as vitórias através das jogadas que saem do seu pé. Nessa hora que entra o importante papel dos coadjuvantes do time. E foram isso que eles fizeram no domingo passado, na virada, 3 a 2, sobre o Atlético-GO.

A partir da entrada de Roger, com o placar já marcando 1 a 0 para o Dragão, foi quando o time celeste se encontrou. Com um passe diferenciado, o armador deu mais cadência à equipe cruzeirense e fez boa dupla com Diego Renan pelo lado esquerdo. Roger não se limitou a jogar ofensivamente, mas também participação da marcação, atuando como segundo homem de meio de campo.

- Sou aquele coadjuvante importantíssimo. Que vai dar equilíbrio, não vai errar o passe, que vai passar experiência. Nos últimos jogos não rendi o esperado em função da idade, jogos desgastantes física e emocionalmente. É difícil aguentar. Coloco-me a disposição para ajudar de qualquer forma e isso que vale. Os companheiros estão vendo o treinador também – comentou.

Além de Roger, outros nomes apareceram com destaque. O argentino Ernesto Farías, que não marcava um gol desde o dia 1 de maio, contra o América-TO, pelo Campeonato Mineiro, voltou a balançar as redes.

Mas o grande destaque ficou por conta de Anselmo Ramon. No primeiro tempo, deu o passe para Farías guardar o gol dele. Na segunda etapa, resolveu a partida, marcando duas vezes. O segundo uma obra-prima, recebendo a bola na ponta esquerda e chutando colocado, à meia altura, com a bola beliscando a trave antes de entrar. Apesar da boa atuação, Ramon faz questão de manter os pés no chão e deixa os elogios para a imprensa.

- Não sei (se foi a melhor partida com a camisa do Cruzeiro), deixo isso aí pra vocês mas fiz uma bela partida como todo o restante do elenco. Tento aproveitar sempre a oportunidade quando entro em campo. Agora é trabalhar na semana para buscar mais uma vitória no Rio de Janeiro – destacou Ramon, revelando toda a sua alegria com os dois gols.

- Estou muito feliz e tenho certeza que o pessoal de lá (Bahia, estado em que nasceu) está feliz com minha partida e os gols – afirmou.

Farías ficou cinco meses sem marcar um gol

O calvário de Ernesto Farías durou cinco meses no Cruzeiro. E que história tem o argentino em 2011. O centroavante começou o ano recebendo algumas oportunidades com o técnico Cuca, principalmente em jogos do Campeonato Mineiro, quando os titulares descansavam. Farías, no entanto, não conseguiu se encaixar no estilo de jogo de toque de bola rápido e que não priorizava o esquema de jogo com um centroavante.

Por causa disso, Farías não agradou o técnico Cuca, então no comando da Raposa, sendo logo preterido por outras opções para o ataque. El Tecla, após a final do Mineiro, foi afastado do elenco cruzeirense e liberado para procurar outro clube. Esteve próximo do acerto com o Independiente, da Argentina, mas divergências no contrato fizeram com que Farías permanecesse na Toca da Raposa.

Com o técnico Emerson Ávila ele voltou a treinar com os demais companheiros. Com Vágner Mancini ganhou uma nova oportunidade de atuar em jogos oficiais, retornando contra o Grêmio, após . Diante do Dragão, fez uma boa partida, como há muito tempo não acontecia.

- Não tive muitas oportunidades. Fiquei quatro meses treinando sozinho. Fiz um jogo completo depois de cinco meses. Foi difícil, mas valeu. Agora, temos que seguir trabalhando – relembrou o argentino.

Anselmo tem sido decisivo

O duelo contra o Atlético-GO não foi o primeiro que a estrela de Anselmo Ramon brilhou mais forte. O jogador já havia demonstrado poder de decisão e o seu oportunismo em outras ocasiões nesse Campeonato Brasileiro.

Logo na sua estreia na Raposa, Ramon já mostrou que fazer gols era a sua vocação. Contudo, a atuação do centroavante começou desanimadora. Em seu primeiro lance, Anselmo recebeu passe de Wallyson e, sem goleiro, se embolou com a bola e desperdiçou uma inacreditável chance. Mas o atacante se recuperou na segunda etapa, e aproveitando cobrança de escanteio, igualou a partida nos minutos finais.

Contra o São Paulo, outro empate que veio dos pés de Anselmo Ramon – ou melhor, da cabeça. Após desvio de Everton no primeiro posta, depois de escanteio de Montillo, o centroavante cabeceou para o fundo das redes de Rogério Ceni, igualando o confronto em 3 a 3.

Mas o atleta não se apega ao passado e já pensa no próximo duelo do Cruzeiro, contra o Botafogo, no próximo sábado, no Engenhão.

- Vitória sempre é bom. Hoje (domingo) foi o início. Não fizemos um bom jogo. Mas nos dedicamos na marcação e fizemos os gols. É descansar e nos preparar para o Botafogo.

Importância de Roger extracampo

O valor do meia Roger não pode ser medido apenas dentro das quatro linhas. O experiente jogador, com passagens por Corinthians, Grêmio, Fluminense e Flamengo, também tem atuado na motivação do grupo cruzeirense, que sofria com a falta de confiança, após 11 partidas sem vencer. O papel do armador no vestiário da Raposa foi revelado pelo técnico Vágner Mancini.

- Embora não tenha iniciado o jogo, mas ele (o Roger) tem ajudado muito no dia a dia, tem visão diferenciada fora de campo. Conversa com os outros atletas, passa tranquilidade. Tentamos tirar o melhor de cada um para sair de lá debaixo e que nosso Natal seja bom – disse Mancini.

Mas os elogios vindo do comandante do Cruzeiro para Roger não se encerraram no fator extracampo. O técnico já tem na sua mente uma estratégia bem definida para utilizar o melhor do apoiador nos próximos jogos da Raposa.

- Ele pode ser titular. É dotado de visão diferenciada. A bola que passa no pé dele chega fácil na frente. Tem que ser usado no momento certo, no esquema certo – revelou.

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