CBF marca Flu x Vasco no Maracanã: disputa por lado de torcida renasce

A cerca de um mês para o clássico entre Fluminense e Vasco, pelo Brasileirão (será às 16h do dia 19 de julho), a divulgação da tabela da Série A por parte da CBF faz ressurgir uma polêmica que tinha ficado adormecida desde o Carioca. Já que o jogo foi marcado para o Maracanã, como será o posicionamento das torcidas?

Por contrato, o Fluminense tem direito a usar o lado direito das cabines de imprensa (o setor Sul). Mas, por ter vencido o primeiro Carioca após a construção do estádio, em 1950, o Vasco evoca a tradição para ocupar o setor.

Segundo o LANCE! apurou, a CBF ainda não chamou os clubes para conversar sobre o assunto. A preocupação da diretoria de competições foi divulgar a tabela para respeitar os prazos. As questões individuais de cada confronto serão analisadas posteriormente. A CBF também não procurou a Ferj, segundo o diretor de competições do Rio, Marcelo Vianna.

O presidente do Flu, Peter Siemsen, evoca a prerrogativa de mandante para organizar o jogo como bem entender.

– O Fluminense respeita quem tem mando e acha que Federação e Confederação não têm de intervir na relação comercial do estádio, mas aprovar se o estádio está apto, como os órgãos de segurança. Resolvido isso, o mandante é que escolhe seu estádio, desde que respeite as regras de segurança e é isso que o Fluminense faz. O Fluminense joga no Maracanã como sua casa e a casa do Vasco é São Januário. – disse ele à TV Bandeirantes, deixando uma dica sobre o que pode acontecer no returno.

Presidente do Vasco, Eurico Miranda disse ao L! que ainda não sabia o que poderia acontecer com o jogo. Mas, caso o modelo indicado por Peter seja aceito e o Cruz-Maltino queira mandar o clássico pelo returno na Colina, a proporção da torcida terá que ser 90/10, segundo o Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (Gepe).

Para o comandante do destacamento policial, o tenente-coronel João Fiorentini, o que não pode é fazer dois jogos no Maracanã com posicionamentos distintos.

- Desde que seja definitivo, eu trabalho com qualquer possibilidade. O que não pode é fazer um jogo com uma torcida de um lado e no outro a mesma torcida fique do lado oposto. Isso gera uma confusão. Tem torcedor que compra o ingresso pela internet e corre o risco de adquirir entrada para o lado do rival - disse Fiorentini ao L!.

No Carioca, como não teve acordo, o jeito foi fazer o Fluminense mandar o clássico contra o Vasco no Nilton Santos. O público foi baixo e teve briga de torcidas fora do estádio. Hoje, a possibilidade não é considerada pelo Botafogo, que está rachado com o Flu e não pretender ceder o estádio ao rival.