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Catimba, cerveja ‘calmante’ e herói agitado: bastidores da classificação santista

Dia 27/10/2015
22:14

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Dificilmente a noite do dia 24 de maio de 2012 sairá da memória do torcedor santista. Porém, a história da emocionante vitória santista sobre o Vélez (ARG) vai muito além dos noventa minutos e da cobrança de pênaltis. Teve pai que ganhou beijo de torcedor, herói agitado na concentração, catimba e até calmante à base de cerveja.

Abaixo, o LANCENET! conta alguns episódios dessa noite magistral:

"Bate-volta", nervosismo e seis latinhas geladas

O pai de Alan Kardec, que tem o mesmo nome do filho, fez questão de ver de perto o jogo contra o Vélez. Para isso, deixou Barra Mansa, cidade em que mora no Rio de Janeiro, e viajou de carro até Santos.

Porém, ele enfrentou um grande congestionamento no caminho e, apesar de ter saído de casa às 14h, chegou à Vila Belmiro apenas aos 15 minutos do primeiro tempo.

No estádio, a tensão tomou conta de Alan. Quando o filho perdeu um gol claro, aos 29 do segundo tempo, e alguns torcedores o xingaram, a pressão dele subiu. Mas, três minutos depois, quando o camisa 19 se redimiu e marcou, o coração do pai bateu ainda mais forte.

Sentindo que estava mal, ele deixou o estádio nos pênaltis e, nervoso, apelou para um “calmante”.

– Fui em uma barraquinha, que nem TV tinha, e tomei seis geladas. A primeira eu matei em um gole só – conta ele, que só se acalmou ao ouvir a gritaria da torcida e descobrir que o Santos havia vencido o jogo.

Depois, para comemorar o triunfo épico, a família se reuniu e foi jantar em um restaurante japonês com a companhia de Elano e sua mulher Alexandra. Por fim, ao chegarem em casa, os "Kardecs" atenderam o pedido da reportagem do LANCENET! e tiraram uma foto juntos.

Léo "apelou" para o café na concentração (Foto: Ivan Storti)

Confiante antes, ansioso depois

A partida contra o Vélez Sarsfield começou para Léo já em Salvador, onde o Santos enfrentou o Bahia, domingo passado, pela estreia no Campeonato Brasileiro.

Após o embate, o jogador parecia prever o roteiro que estava por vir. Deixou a cidade confiante e dizendo que, mais cedo ou mais tarde, voltaria ao time para ser decisivo, como foi durante toda sua passagem pelo clube. É o maior vencedor pós-Pelé, com sete títulos.

Mas as sensações foram mudando. Na concentração, talvez pela pressão de cumprir a premonição, Léo era um dos mais tensos. Demonstrava ansiedade, constratando com a tranquilidade do elenco santista em vésperas de decisão. Volta e meia, corria de um lado para o outro no corredor e se valia de uma xícara de café.

Ao LANCENET!, o jogador também revelou ter recordado, ainda durante à tarde, de alguns jogos históricos que fez na Libertadores, como contra a LDU (EQU), nas oitavas do torneio, em 2004.

Léo estava a mil, "pilhado" e confiante: apostava em vitória por 2 a 0, com gols de Neymar e Dracena. Sabia que ficaria no banco, mas pressentia que poderia ajudar. E ajudou. No jogo, entrou agitado e o final todos já sabem...

Como prêmio, o ala dispensado para passar o fim de semana como o filho Enzo no Rio de Janeiro.

Goleiro foi determinante para a classificação (Foto: Ivan Storti)

Rafael catimba nos pênaltis e pai vira ídolo

Um dos heróis da classificação santista, o goleiro Rafael apelou para o lado psicológico para atrapalhar os cobradores de pênaltis do Vélez.

A catimba começou logo quando Martínez, primeiro batedor do time argentino, se encaminhou para a marca da cal. O camisa 1 do Peixe foi bem próximo do rival e começou a provocá-lo, cochichando em seu ouvido que havia visto vídeos dele e sabia o canto que o meia chutaria.

A pressão seguiu nos pênaltis seguintes e deu resultado. Primeiro, Rafael ficou se mexendo de um lado para o outro sobre a linha e tirou a atenção de Canteros, que soltou uma bomba e isolou a bola por cima.

Depois, foi a vez de desconcentrar Papa. O goleiro continuou a se mexer e a apontar o canto direito, dizendo que o argentino bateria ali. O lateral chutou no lado direito e Rafael se esticou todo para pegar.

O “milagre” de Rafael fez os torcedores santistas idolatrarem até o pai do camisa 1, Sérgio Cabral, que estava na arquibancada da Vila Belmiro. Em meio às comemorações, ele foi abraçado por diversos fanáticos, empolgados com a classificação para a semifinal. Alguns até o reconheceram e, no meio da muvuca, Sérgio ganhou um beijo!

Para saber como foi o clima na concentração e no vestiário do Peixe, antes, durante e depois do jogo, clique aqui. Já a comemoração de Neymar você fica sabendo aqui.

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