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Brasil inicia Copa do Mundo da Fifa de beach soccer sem ser o favorito

Dia 01/03/2016
03:36

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Acostumado a ser favorita nas competições mundo afora, a Seleção Brasileira de beach soccer vai viver um momento inusitado. Isso porque a equipe nacional não é a principal candidata ao título da Copa do Mundo Fifa, que começa nesta quarta-feira, em Papeete, no Taiti.

A equipe nacional foi prejudicada por uma confusão entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Confederação Brasileira de Beach Soccer (CBBS). As entidades travaram uma disputa, que teve capítulos na justiça, pela gestão da Seleção e devido ao embate o Brasil treinou por pouco mais de um mês apenas - começou no dia 8 de agosto, em Vitória (ES), e finalizou no último dia 10, no Rio, na véspera da viagem para o Taiti.

- O time teve problemas, todo mundo sabe disso, e o tempo foi muito curto para a preparação. Mas, agora temos que esquecer os problemas, até porque temos grandes jogadores. Vencemos os amistosos e agora temos que adquirir confiança durante o torneio e ir embora. A meta, claro, é ser campeão - disse Junior Negão, técnico da Seleção pela CBF, que pelo menos durante esta Copa do Mundo estará à frente da gestão do beach soccer.

Além de todos os problemas extra-campo, o Brasil ainda tem sua credibilidade reduzida pelo fato de não ser o atual campeão mundial. Em 2011, em Ravenna (ITA), ficou com o vice-campeonato após perder a decisão, por 12 a 8, para a Rússia, que é justamente a favorita este ano.

- A Rússia é o time a ser batido neste mundial. Eles são os atuais campeões e têm o melhor campeonato do mundo. Os russos são hoje o que o Brasil foi ontem. A ucrânia é forte porque tem uma base do campeonato russo. O grupo do Brasil (veja abaixo) é difícil e nós vamos precisar de uma coletividade grande para vencer - disse Negão.

Tetracampeão da Copa do Mundo Fifa, o Brasil vai precisar superar a desconfiança depositada na equipe para retomar a hegemonia na modalidade. A estreia da Seleção será na madrugada desta quinta-feira, às 3h30.

- O time está renovado e tem que saber que o individual não ganha mais jogo, mas sim o coletivo. O pessoal está empolgado, voltamos a ter a alegria que não tinhamos antes.

Confira os grupos da Copa do Mundo:
Grupo A: Taiti/Emirados Árabes Unidos/Espanha/Estados Unidos
Grupo B: Holanda/Ilhas Salomão/Argentina/El Salvador
Grupo C: Brasil/Irã/Senegal/Ucrânia
Grupo D: Rússia/Japão/Paraguai/Costa do Marfim
*Os dois melhores de cada chave avançam às quartas de final

Jogos do Brasil na fase de grupos:
18/09 Brasil x Irã - 3h30 (de Brasília)
20/09 Brasil x Ucrânia - 3h30
22/09 Brasil x Senegal - 3h30

Convocação da Seleção Brasileira de beach soccer:
Goleiros: Mão (Corinthians/SP) e Leandro (Botafogo/RJ)
Atacantes: André (Corinthians/SP) e Bruno Malias (Rio Branco/ES)
Alas: Bruno Xavier (Vasco da Gama/RJ), Jorginho (Vasco da Gama/RJ), Eudin (Sampaio Correia/MA), Datinha (Sampaio Correa/MA) e Bokinha (Vasco da Gama/RJ)
Defensores: Daniel (Flamengo/RJ), Fernando DDI (Sport Recife/PE) e Bueno (Vasco da Gama/RJ)
Técnico: Junior Negão

Curiosidades da Copa do Mundo Fifa:
Maior artilheiro: Madjer, com 79 gols (ele não vai estar na disputa este ano, já que Portugal não conseguiu a classificação).
Maior número de partidas: Benjamin, com 34 jogos
Fique de olho: Ilya Leonov, atacante russo que foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 2011 e autor de dois gols na final contra o Brasil. Ele é um dos nove remanescentes da equipe russa campeã em 2011.

Todos os campeões:
2011: Ravena (ITA) - Rússia
2009: Dubai (EAU) - Brasil
2008: Marselha (FRA) - Brasil
2007: Rio de Janeiro - Brasil
2006: Rio de Janeiro - Brasil
2005: Rio de Janeiro - França
*Antes de 2005, sem a organização da Fifa, foram dez edições do Mundial, sendo nove títulos do Brasil e um de Portugal.

Opinião:

"A Rússia está mais ajustada do que o Brasil. Eles têm uma organização grande na confederação e nos torneios. Aqui, nós, infelizmente, estamos atrasados. Essas confusões entre as confederações atrapalham demais e os trabalhos de base não estão acontecendo. Mesmo com isso tudo, o Brasil é forte e tem que respeitar.", Robertinho, goleiro da Seleção entre 1996 a 2006

"Por toda a história que o Brasil tem, acho que é favorito ainda, apesar do pouco tempo que teve para treinar. A queda de prestígio que a Seleção teve é devido a essas brigas internas de confederações e patrocínios e não é culpa dos jogadores. Mas, infelizmente, fica aquele suspense de 'será que vai ou será que não vai?'", Benjamin, atacante tetracampeão mundial com a Seleção Brasileira.


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