Botafogo vira potência no esporte paraolímpico

O Lyon conquista a Liga dos Campeões feminina, em Londres(Foto: Gerry Penny;/EFE)
O Lyon conquista a Liga dos Campeões feminina, em Londres(Foto: Gerry Penny;/EFE)

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Com o intuito de montar a equipe mais vitoriosa do esporte paraolímpico, o Botafogo apresentou nesta quinta-feira, no Estádio Olímpico João Havelange, no Rio de Janeiro, a sua equipe, montada em parceria com o Instituto Superar, ONG que apoia os atletas paraolímpicos brasileiros. Ao todo, são 47 competidores do atletismo, natação, futebol de 7 e judô.

- Para nós, essa parceria é histórica. O esporte paraolímpico do Brasil jamais teve um clube do porte do Botafogo ao seu lado. O Superar tem em seus quadros alguns dos melhores atletas do mundo. Aqui, temos 23 medalhas de ouro em mundiais - afirmou o presidente do Instituto Superar, Marcos Malafaia, elogiando a gestão do Alvinegro e as instalações do clube como, por exemplo, o Estádio Olímpico João Havelange.

Pelo contrato de parceria, o Instituto Superar irá arcar com todas as despesas financeiras do projeto, tais como pagamento de salários de atletas e treinadores, viagens, hospedagens, entre outros. O valor deve ficar em torno de R$ 3 milhões anuais. Caberá ao Botafogo ceder sua marca, os espaços físicos para treinamentos e o material esportivo. O contrato é de um ano, mas pode ser renovado.

- Nossa intenção é de, pelo menos, ir até a Paraolimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Alguns atletas, como o judoca Antônio Tenório, continuarão treinando em suas cidades, mas a maioria virá para o Rio. O atletismo treinará no Engenhão, o futebol no Sesi e no próprio Botafogo. Mas vale ressaltar que os atletas das provas de arremesso não vão treinar no gramado do Engenhão para não prejudicá-lo - disse Malafaia.

Segundo o presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, uma das grandes jogadas da parceria é a de permitir que os atletas continuem com seus patrocínios pessoais. Malafaia, inclusive, já acertou um patrocínio para a manga dos uniformes. O anúncio será feito na próxima semana.

- O Botafogo jamais seria uma barreira neste ponto. Queremos ser uma alavanca. Por exemplo, embaixo do escudo da Rosinha (atleta do arremesso) tem um patrocínio sugestivo (Unimed). Fazemos questão de acreditar nos atletas paraolímpicos e, um dia, queremos ter uma equipe olímpica - afirmou Assumpção.

Recordista mundial de arremesso, Rosinha comemorou o surgimento da parceria. Ela, que já tinha alguns patrocínios, nunca tinha pertencido a um clube.

- É uma satisfação vestir essa camisa. Outros clubes podem achar que os atletas paraolímpicos não são de nível, mas o Botafogo nos abraçou. Essa estrelinha que está no nosso peito será honrada por todos nós, com muita garra e determinação. Não viemos para fazer gracinhas. Vamos bater mais recordes - disse a competidora.

Além de Rosinha e Tenório, fazem parte do projeto o velocista Lucas Prado, o nadador Daniel Dias, entre outros grandes nomes do esporte paraolímpico brasileiro.



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