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Do auxiliar ao centroavante, tri da Liberta teve ‘mil tons’ de confiança

Dia 01/03/2016
04:09

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Se em algum momento o São Paulo teve o tricampeonato da Copa Libertadores da América ameaçado em 2005, com certeza a apreensão dos tricolores pairou sobre os confrontos com a Universidad de Chile durante a fase de grupos do torneio.

E não era para menos. Afinal, na partida de ida no Morumbi, os torcedores ficaram apavorados com a falha conjunta das duas maiores referências daquela equipe. O uruguaio Lugano, que abriu os 4 a 2, falhou e cedeu o empate ao argentino Sergio Gioino. Depois, Rogério Ceni se atrapalhou com Edcarlos, e lá estava Gioino. Medo? Que nada!

– O time não se abatia nem sequer com gols sofridos, então soube reagir depois das falhas. Eram jogadores experientes, tarimbados, que sabiam o queriam em campo. Todos tinham fome de título e isso ajudou bastante na conquista. Todos queriam vencer. Era um grupo muito unido, muito bom, todos correndo pelo outro. Saíam esgotados dos jogos – relembra o coordenador técnico Milton Cruz.

E nada melhor mesmo do que Milton para falar sobre o poder de superação do elenco de 2005. Prova disso foi como o choque pela saída repentina de Emerson Leão foi deixado de lado. Em 16 de abril, o técnico pediu para ir embora e, quatro dias depois, Milton Cruz precisou comandar o Tricolor em Santiago contra La U cheia de sede de vingança.

– Lembro que tive o apoio total dos jogadores. No mesmo dia em que o Leão saiu, o Marcelo Portugal Gouvêa (ex-presidente) e o Juvenal Juvêncio (então diretor de futebol) avisaram que eu seria o treinador e eu já sabia o que fazer. Conseguimos o empate (1 a 1) e tinha um monte de conselheiro no vestiário me aplaudindo quando entrei. Ficou muito marcado, não vou esquecer jamais! – vibra Milton.


Luizão e o espírito guerreiro do São Paulo contra La U (Foto: Ian Salas)

E o coordenador técnico só guarda a boa lembrança porque Luizão mostrou seu velho faro de gol e se tornou o maior artilheiro brasileiro na história da Libertadores. Na noite fria em Santiago, o centroavante chegou a 25 gols, mas faria outros três até a grande decisão contra o Atlético-PR em julho de 2005.

– Tenho gratidão pelo Sapo (apelido de Luizão), me ajudou muito nesse jogo. Mesmo se não tivesse feito aquele gol, eu agradeceria até hoje. Ele foi um cara que sempre se dedicou enquanto esteve no São Paulo e até jogou machucado em outras partidas, com o olho cheio de pontos - destacou o ainda coordenador técnico são-paulino.

Relembre as fichas dos dois jogos contra a Universidad de Chile:

FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 4X2 UNIVERSIDAD DE CHILE

Data: 9 de março de 2005
Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Jorge Larrionda (URU)
Público/Renda: 41.852 pagantes/R$ 694.732,00
Cartão amarelo: Josué (SAO)
GOLS: Lugano, 2'/1ºT (1-0); Gioino, 6'/1ºT (1-1), Rogério Ceni, 20'/1ºT (2-1); Gioino, 38'/1ºT (2-2); Cicinho, 46'/1ºT (3-2); Grafite, 19'/2ºT (4-2)

SÃO PAULO: Rogério Cen; Fabão, Lugano e Edcarlos (Renan, 22'/2ºT); Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo (Falcão, 29'/2ºT) e Júnior; Grafite e Luizão (Marco Antonio, 21'/2ºT). Técnico: Emerson Leão.

U. DE CHILE: Herrera; Santibáñez, Ponce, Lucas e Rojas; Ormazábal, Martínez, Pinto e Riveros (Olea, 29'/2ºT); Rivarola (Canío, intervalo) e Gioino. Técnico: Héctor Pinto.

FICHA TÉCNICA:
UNIVERSIDAD DE CHILE 1 X 1 SÃO PAULO

Data: 21 de abril de 2005
Local: Nacional, em Santiago (CHI)
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Público/Renda: Não divulgados
Cartões amarelos: Canío e Armazábal (UNI)
GOLS: Luizão, 26'/1ºT (0-1) e Sérgio Gioino, 1'/2ºT (1-1)

U. CHILE: Herrera; Santibáñez (Canío - Intervalo), Adrián Rojas, Ponce e José Rojas; Nelson Pinto, Manuel Iturra, Ormazábal e Riveros (Martínez, 39'/2ºT); Diego Rivarola  (Suazo, 29'/2ºT) e Sérgio Gioino. Técnico: Héctor Pinto

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Diego Tardelli (Renan, 32'/2ºT) e Luizão. Técnico: Milton Cruz (Interino)

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