Ausência de vaidade no elenco vira arma vascaína
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Seja por lesão, suspensão ou aspecto técnico, Ricardo Gomes tem feito substituições constantes no time titular do Vasco. Porém, o que muita vezes se torna um grande problema em um elenco com jogadores renomados, passa longe de São Januário: a vaidade. Até os medalhões, que têm o respeito da torcida e são considerados ídolos, não têm mostrado insatisfação quando vão para o banco de reservas. Com liberdade e bom ambiente, o treinador pode tirar o melhor do elenco, o que o apoiador Felipe considera a receita do sucesso vascaíno.
Um exemplo do comprometimento em prol do elenco, é o revezamento entre Felipe e Juninho, dois jogadores idolatrados, mas que não são titulares absolutos. Tudo depende do adversário.
Há ainda o caso de Diego Souza, que foi barrado por Gomes – dando lugar a Bernardo. Porém, o camisa 10 se empenhou e retornou ao time, com atuações que arrancaram elogios do técnico e da torcida.
– Quem joga ou fica no banco, respeita o companheiro. Essa é a nossa grande arma – admitiu Felipe, que começou a partida contra o Palmeiras, pela Copa Sul-Americana, no banco de reservas, mas deve ser titular no próximo domingo, pelo Brasileiro.
O revezamento também acirra a disputa por vagas e acaba funcionando como incentivo para os jogadores cruz-maltinos. Assim, o comandante tenta manter sempre o time no ápice, trocando peças, mas se mantendo constante na atual temporada.
A postura dos jogadores dá tranquilidade para Ricardo trabalhar e modificar o time de acordo com as necessidades do jogo, sabendo que isso não necessariamente criará focos de insatisfação ou racha dentro do elenco.
– Alecsandro teve um excelente momento, foi decisivo, mas caiu um pouco por conta do desgaste físico. Veio o Elton e entrou bem. O Julinho também me surpreendeu e foi bem. Vai brigar com o Márcio (Careca) pela vaga na lateral-esquerda. Será o ano todo assim. Estou muito satisfeito – disse o treinador.
Com os egos deixados de lado, o time, na atual temporada, foi campeão da Copa do Brasil – garantindo vaga na Libertadores –, está em quarto lugar no Brasileiro e construiu uma bom vantagem no primeiro mata-mata da Sul-Americana. Se o espírito sem vaidade levará o time a mais títulos, só o futuro dirá. Mas em um elenco recheado de nomes consagrados, a tática vem funcionando. E com muito sucesso.
Fernando Prass faz o trajeto contrário
Se no time titular, Ricardo Gomes faz diversas trocas, debaixo das traves só existe um dono. Fernando Prass completou na quarta 103 jogos consecutivos pelo clube. Nem quando o treinador poupou todos os titulares no início do Brasileiro, o camisa 1 da Colina largou o osso.
Por conta disso, Alessandro, reserva direto de Prass e que chegou ao Vasco no início de 2010, é um dos poucos do elenco que ainda não fez partidas oficiais com a camisa vascaína.
Na cabeça do técnico, continua o rodízio
Para a partida contra o Palmeiras, pelo Brasileiro, o técnico Ricardo Gomes pode promover novas mudanças na equipe titular. O meia Felipe e os atacantes Eder Luis e Alecsandro, poupados da estreia da Copa Sul-Americana, podem retornar ao time.
Outra ausência no primeiro jogo na competição internacional foi o zagueiro Dedé, que estava integrando o elenco da Seleção Brasileira no amistoso contra a Alemanha. Porém, o camisa 26 está suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo no clássico contra o Botafogo, no último domingo.
Já o volante Eduardo Costa está em fase final de recuperação de um incômodo na coxa direita e a comissão técnica ainda não confirmou se ele terá condições de jogar contra o Alviverde. O volante Jumar também tem agradado e pode, de novo, começar jogando.
Quem tem chances de permanecer no time é o lateral-esquerdo Julinho. Após o jogo da última quarta-feira, o jogador foi elogiado por Ricardo Gomes, que ressaltou que o camisa 17 briga em igualdade pela posição com Márcio Careca.
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