Americano troca as bolas no basquete brasileiro

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A cidade de Rio Claro, localizada a 178 quilômetros de São Paulo, nada tem a ver com Indianapolis, nos Estados Unidos. Mas, em ambos os lugares, o sobrenome Addai é sinônimo de esporte.
Enquanto na gelada terra das 500 Milhas da IndyCar Joseph brilha e é um dos ícones da atual geração do Indianapolis Colts - campeão da NFL em 2006/2007 -, no interior de São Paulo o irmão caçula é o principal jogador de Rio Claro e cestinha da equipe, que nesta terça-feira precisa vencer o Pinheiros para seguir vivo no Paulista de Basquete.
Dois anos mais novo do que Joseph, Jeffrey, de 26 anos, ainda busca uma melhor situação no esporte. Diferentemente do irmão, que ganha milhões na NFL, o armador americano é um "cigano" em busca de fama e sucesso.
Depois de terminar a faculdade em 2006 e consequentemente encerrar a carreira no basquete universitário, Jeffrey foi tentar a sorte no campeonato chileno e, em maio, desembarcou no Brasil, um país do qual pouco sabia.
- Não conhecia muitas coisas daqui, mas meu agente me trouxe a proposta e resolvi aceitar. Odeio o frio e, como o Brasil está nos trópicos, achei uma boa ideia vir para cá. Estou gostando bastante da experiência e das pessoas - afirmou.
A distância de casa e a rotina pesada de treinos e jogos, entretanto, não fazem com que o armador deixe de acompanhar o futebol americano e o Colts. Sempre que possível, ele assiste às partidas pela televisão ou pela internet.
Ele tenta também convencer os companheiros de time a seguirem o jogo da bola oval. A tarefa, porém, ainda é complicada. Além de muitos não entenderem a dinâmica do jogo, Jeffrey não tem como explicar. Ele ainda sofre para falar português.
- Faço aulas, mas as regras e as conjugações de verbos são complicadas (risos) - diverte-se.
Apesar da barreira linguística, Jeffrey quer seguir no Brasil, mas não esconde que tem o sonho de brilhar na NBA e ser mais um Addai famoso na terra do Tio Sam.
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