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Adhemar Ferreira da Silva competiu com nome errado

Dia 28/10/2015
05:19

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Quase ninguém sabe, mas o primeiro brasileiro bicampeão olímpico competiu em quatro edições dos Jogos com dois nomes diferentes.

Por um erro de registro que começou no Conselho Técnico de Atletismo (órgão que atualmente equivale à Confederação Brasileira da modalidade), Adhemar Ferreira da Silva participou da Olimpíada de Londres-48 com o nome de Ademar (sem a letra H) Pereira da Silva.

O fato passou desapercebido por muito tempo e nem sequer Adiel Ferreira da Silva – filha do ex-atleta, morto em 12 de janeiro de 2001 – tinha conhecimento da história, conforme revelou em contato com a reportagem do LANCE!.

O equívoco histórico só foi descoberto recentemente pelo presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Roberto Gesta de Melo.

Pesquisador olímpico, o mandatário possui todos os documentos que comprovam o erro, que à época deve ter passado sem ser notado pelo próprio Adhemar, uma vez que o saltador assinou todos os papéis com o equívoco.

O principal destes documentos em posse de Gesta é o passaporte olímpico utilizado por Adhemar, que à época dos Jogos tinha apenas 20 anos.

– O Adhemar nunca quis tocar neste assunto, nem comigo que era muito amigo dele. Uma vez, consultando o relatório oficial elaborado pelo Comitê Organizador dos Jogos de 48 percebi o erro e fui buscar a origem. Realmente vi que todos os documentos, mesmo os entregues à Confederação Brasileira de Desportos, já tinham o equívoco – disse Gesta, durante visita da reportagem do LANCE! a Manaus.

Em sua primeira Olimpíada, "Ademar Pereira" terminou longe do pódio no salto triplo.

Ele saltou 14,49m e ficou apenas em oitavo. O campeão foi o sueco com Arne Ahman, com 15,40m.

Quatro anos mais tarde, como Adhemar Ferreira, ele começou a brilhar.Nos Jogos Olímpicos de 1952, em Helsinque (SUE), o triplista conquistou
seu primeiro título ao quebrar duas vezes o recorde mundial em vigência.

Primeiro, ele pulou 16,12m. No salto decisivo, foi dez centímetros melhor (16,22m) e saiu correndo pela pista do Estádio Olímpico. Em 1956, em sua terceira Olimpíada, em Melbourne (AUS), levou o seu segundo ouro ao cravar o novo recorde olímpico da época: 16,53m.

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