Raí e Pássaro ficam e mantêm Diniz: ‘Faltaram coisas que vêm de dentro do campo, não da área técnica’

Dois dias depois da derrota em casa para o Mirassol, dirigentes do São Paulo responderam perguntas enviadas por jornalistas e explicaram a decisão de manter Diniz

Raí e Pássaro
Raí e Pássaro quebraram o silêncio sobre a eliminação no Paulistão - FOTO: Reprodução/SPFCtv

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Passadas 48 horas da queda para o Mirassol no Campeonato Paulista, os dois principais dirigentes do futebol do São Paulo se manifestaram por meio de perguntas enviadas por jornalistas. Raí, diretor de futebol, e Alexandre Pássaro, gerente, seguem em seus cargos e bancam a permanência de Fernando Diniz como treinador.

- Pelos mesmos motivos que o trabalho era bom e deveria seguir há seis dias, antes do jogo contra o Red Bull. O trabalho do Fernando Diniz continuou muito bom. E trabalho que a gente fala é o que a gente acompanha no dia a dia, resultado é uma outra coisa, que a gente tem que buscar melhorar. Mas a gente perdeu dentro de campo - disse Pássaro, salientando que o problema maior esteve no desempenho do time:

- A gente não perdeu na área técnica, a gente não perdeu nos treinos, a gente não perdeu na condição física, a gente não perdeu na estratégia desde que a gente voltou da pandemia. A gente perdeu dentro de campo, nos 90 minutos. Uma decisão diferente ou outra do Diniz poderia ter ajudado um pouco mais ou um pouco menos, mas faltaram outras coisas que vêm de dentro de campo para que a gente pudesse ganhar esse jogo do Mirassol, que a gente tinha que ganhar - emendou.

Tanto Raí quanto Pássaro são dirigentes contratados pelo presidente Leco, que ficará na cadeira somente até dezembro deste ano. Não há mais a possibilidade de conquistar títulos antes disso, já que Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil terminam somente em 2021. Mesmo assim, Raí diz que sair antecipadamente não está nos planos:

- Nunca passou pela minha cabeça (sair). Estamos focados, acreditamos em um bom e grande fim de ano. É nisso que estamos focados.

Veja todas as respostas dos dirigentes são-paulinos:

Pior eliminação da gestão?
Raí: "Toda desclassificação é dolorida, principalmente quando a gente pensa também na torcida. Essa eu diria que é a mais inesperada pelo nível que o time estava antes da parada e pelas dificuldades que a parada trouxe para o Mirassol. É a mais inesperada, a que surpreende mais e a mais sofrida".

Pássaro:
"A decepção é gigantesca, é um resultado que nem nos piores pesadelos a gente esperava. Com todo respeito ao Mirassol, mas o São Paulo não pode perder para o Mirassol, ainda mais nas condições de perda de elenco e pela diferença de nível técnico de elenco que existe entre as duas equipes. Um verdadeiro fiasco, que nos causa uma revolta gigantesca, como temos certeza que também na torcida. Cabe à gente trabalhar ainda mais, corrigir os erros, para que isso nunca mais volte a acontecer. Para que a gente não sinta esse sabor amargo e muito menos os torcedores".

Motivos da fila:

Raí: "Todos os clubes grandes passam por secas desse tipo. Quando tem um período tão longo, você tem que avaliar tudo, desde os detalhes e também as questões macro. Reavaliar, repensar e ver o que pode melhorar em todos os níveis. Mas nosso foco agora é nessa temporada totalmente atípica, mas temos totais condições de se recuperar".

Cobrança e reavaliação no elenco:
Pássaro: Cobrança sempre existe, é diária, estamos sempre avaliando, tirando novas conclusões e adaptando. O que a gente não quer é que isso aconteça de novo. O que precisarmos fazer, adaptar e reavaliar para que isso não aconteça de novo vai ser feito.

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