LANCE! Espresso: Por um Paulistão irrelevante, São Paulo age como se o mundo ao seu redor não existisse

Os quatro maiores clubes de São Paulo assinaram uma carta via Federação Paulista de Futebol (FPF) pleiteando ao governo estadual que não impedisse jogos do campeonato estadual no período de medidas mais restritivas anunciadas pelo governador João Dória. Nada feito.

A federação, então, fracassou ao tentar levar jogos para outros estados e depois ameaçou ir à Justiça para derrubar a decisão. Neste último passo, os grandes clubes recuaram, diante do que seria uma briga estúpida em meio a um cenário que vitima mais de 2 mil pessoas todo dia no Brasil - a média de mortes chegou a 454 só no estado de São Paulo. 

Ou melhor, nem todos os grandes. O São Paulo votou a favor de judicializar seus desejo de continuar competindo em um torneio quase insignificante para o seu tamanho. Guarani, Ituano, Inter de Limeira, São Bento, Mirassol e Novorizontino também votaram a favor, o que é mais compreensível pelo impacto financeiro que a pandemia provoca nos times menores.

Para eles, uma longa suspensão do Paulistão pode significar um ano todo de prejuízo. Mas o São Paulo se prestou a um papel ridículo, alegando confiança nos "rígidos" protocolos de prevenção ao coronavírus.

Ao ignorar o que realmente deve ser prioritário neste momento, o Tricolor expõe ainda mais as mazelas que o fizeram definhar na última década. Lutar por seus direitos é diferente de agir como se o mundo ao seu redor não existisse.

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