De olho no dinheiro, São Paulo esfrega as mãos por venda de Antony ao Manchester United

Com quase R$ 700 milhões de dívidas, Tricolor quer time avançando em copas para cumprir planejamento financeiro e amortizar sangria nos cofres do Morumbi

Antony e Casares
Antony vê jogo no Morumbi ao lado do presidente Júlio Casares, no começo do ano (Foto: Reprodução)

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Um dia depois de lançar o seu centro de inovação para captação de projetos que possam trazer renda ao clube, o São Paulo acordou com a notícia de que o Manchester United está disposto a tirar Antony do Ajax, da Holanda. Seria a realização de um sonho para a cúpula tricolor, que convive com uma dívida de quase R$ 700 milhões e busca meios para amortizar o montante e melhorar o fluxo de caixa do clube.


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De acordo com a imprensa inglesa, o Ajax recusou a investida inicial dos ingleses e bate o pé para receber cerca de 80 milhões de euros (aproximadamente R$ 433 mi) pela ex-cria de Cotia. Valor que o United se mostra disposto a pagar. Para a alegria são-paulina.

Não é à toa. Ao acertar a venda por 16 milhões de euros (R$ 86,6 mi) de Antony aos holandeses, em fevereiro de 2020, o Tricolor manteve 20% dos direitos da promessa. E ainda receberia uma quantia pelo mecanismo de solidariedade da Fifa, que permite clubes com quais o jogador teve vínculo entre 14 e 23 anos, sejam ressarcidos. Ou seja, na avaliação da diretoria, isso poderia render R$ 75 milhões aos cofres do clube.

Só esse valor, sozinho, ajudaria o São Paulo a atingir a meta prevista de R$ 142 milhões em vendas de jogadores no planejamento orçamentário para esta temporada divulgado em dezembro de 2021 ao Conselho Deliberativo do Tricolor.

Em maio, após uma janela de transferências sem vendas de impacto, a diretoria tricolor quebrava a cabeça com as contas, já que até aquele momento havia arrecadado apenas R$ 44 milhões com transferências. A esperança era a transferência de algumas das promessas de Cotia no plantel principal por pelo menos 10 milhões de euros. Nesse intervalo, contudo, David Neres trocou o Shakhtar Donetsk pelo Benfica, o que ajudou no lucro de R$ 5 milhões em menos de seis meses pelo mecanismo de solidariedade.

A expectativa nos bastidores é idêntica à vivida pelo clube dentro de campo. O São Paulo entra em campo às 21h30 (de Brasília) desta quinta-feira (30) para o início das oitavas de final da Copa Sul-Americana ante a Universidad Católica. E, sob a égide de não priorizar nenhuma competição em específico, mas sim jogo a jogo, frente ao momento complicado do elenco, com nove jogadores afastados por contusão (sendo que pelo menos quatro deles - Gabriel Sara, Arboleda, Luan e Caio - passaram por cirurgia e não tem retorno garantido nesta temporada), o Tricolor segue o planejamento do começo do ano de avançar o máximo possível nas competições continentais visando as receitas que isso proporciona.

No caso do torneio continental, por exemplo, o clube já garantiu R$ 7 milhões com a classificação às oitavas. Caso chegue à final, garantirá quase R$ 33 mi aos cofres.

A expectativa do São Paulo é reduzir sua dívida nesta temporada em pelo menos R$ 108 milhões. E, por isso, o clube descarta fazer loucuras na janela de transferências. Reforços virão nos mesmos moldes da negociação pelo atacante Marcos Guilherme, anunciado na terça-feira (28): nomes que aceitem contratos de riscos, com metas de produtividade e que cuja vinda não gerem gastos.

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