Talento precoce e ícone do DNA, Caio busca radar de Dorival pela Copinha

Meio-campista de 18 anos deseja mostrar suas credenciais ao técnico do time profissional do Santos em 2016. No ano passado, ele quase foi vendido a grandes do futebol europeu

Caio Henrique, do Santos
Caio terminou o ano de 2015 como capitão e camisa 10 do Santos (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

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Aquelas histórias de jogadores que iniciam a trajetória na Europa sem terem atingido qualquer relevância no futebol brasileiro quase ganharam um novo personagem no ano passado, quando empresários tentaram comprar os direitos econômicos do meio-campista Caio para repassar ao futebol espanhol. Caio é uma promessa das categorias de base do Santos, hoje com apenas 18 anos, e nunca atuou pela equipe principal. Em 2015, chegou a acertar as bases de seu contrato com o Valencia, mas na última hora não houve acordo. E apesar do contrato de sua promessa ser válido só até junho deste ano, é Caio uma das principais esperanças do Peixe na Copa São Paulo de Juniores.

Depois de treinar um mês separado do grupo para negociar sua transferência, Caio foi reintegrado ao elenco sub-20 do Santos já no segundo semestre. Em outubro, após a contratação do técnico Marcos Soares, ele ganhou novas responsabilidades dentro da equipe, com a faixa de capitão e o número 10 às costas. Era praticamente um pedido para que o garoto repensasse seu projeto de carreira e seguisse na base do Peixe, a um passo de ser integrado ao time principal. Para completar, ele voltou a jogar na posição que gosta, como meio-campista, e não aberto na linha de três do ataque.

- Eu particularmente gosto mais de jogar no meio, como segundo volante, que pego a bola de frente. Como tenho boa visão de jogo consigo fazer bons lançamentos e bons passes, e por isso prefiro jogar nessa posição mesmo, porque vindo de trás eu consigo ser mais eficiente. Pelo estilo que o Marcos gosta de jogar eu me encaixo bem na função - explica o garoto, natural da própria cidade de Santos, ao LANCE!.

Provável camisa 10 e capitão do Santos na Copinha de 2016, Caio é símbolo do DNA ofensivo que marca o clube. Até o meio do ano passado ele era um atacante, e foi assim que jogou a Copa São Paulo em que o Santos caiu na primeira fase. Para melhorar o toque de bola, a visão de jogo e aumentar o poder de fogo, Marcos Soares recuou o garoto para atuar na primeira linha de meio de campo, ao lado de João Igor, outro jogador de características ofensivas. Depois do goleiro, dos laterais e da dupla de zaga, todos os jogadores do Peixe da Copinha sabem o que fazer com a bola no pé. E aí está o segredo que Dorival Júnior pode gostar de ver em 2016.

- O Santos tem que procurar ser bem ofensivo, como sempre foi. É um time que joga para frente, então tem que ser rápido, com uma chegada forte na frente do gol e com bons passes para criar. O time de cima é assim. E agora (o Santos) passando por uma crise financeira, o professor Dorival vai buscar os reforços na base, então é muito importante fazer uma boa Copa, se destacar para conseguir uma vaga no profissional. Sabendo dessa possibilidade de subir, vamos entrar com mais vontade ainda - argumenta Caio, que ainda admite: as chances no time de cima o motivaram a permanecer na Vila Belmiro.

- As negociações acabaram não indo para frente. Eu conversei com a minha família, com meus representantes e decidimos ficar. Graças a Deus peguei uma sequência boa de jogos e estou totalmente focado para a Copa São Paulo - explica.

Quando Dorival quiser, a base do Santos estará pronta para servir.

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