Interino vê Peixe errar por desespero e diz que falta centroavante no elenco

Serginho Chulapa acredita que derrota do Santos na Vila Belmiro tenha sido injusta, mas admite que time se perdeu por ansiedade e por falta de um 9 para 'por a bola na rede'

Santos x América-MG
(Foto: Ivan Storti/Santos)

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Os 73% de posse de bola do Santos e as 30 finalizações criadas ao logo da partida contra o América-MG fizeram o técnico interino Serginho Chulapa acreditar que o Peixe foi injustiçado pelo resultado adverso na noite deste domingo, na Vila Belmiro, ao perder por 1 a 0. O ex-centroavante acredita que o time tenha ficado desesperado ao perder tantas chances de gol e acabou saindo derrotado de casa. Para ele, falta um camisa 9 de ofício. 

- Foi um jogo em que nós tivemos sete (seis) finalizações no gol, o América veio jogar por uma bola. Eu acho que não faltou empenho, não faltou dedicação. Chances criadas para poder empatar. Não tivemos competência para empatar. Resultado injusto pelo que fizemos, mas o que vale é bola na rede. Não adianta ficar lamentando - ponderou, e completou: 

- Eu falei na preleção para virmos por baixo, porque eles tinham zagueiros altos. Mas insistimos em cima, apesar de duas bolas na trave. Acho que é o desespero, principalmente no segundo tempo, no final. Acho que é isso. Tínhamos de jogar por baixo. Falta um 9, isso não tenho a menor dúvida. Para disputar Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores, temos de ter um 9. É isso que aguardamos nos próximos capítulos.

Por acreditar ter presenciado uma derrota injusta do Santos, Chulapa colocou o resultado na conta do nervosismo do time, que terminou recheado de garotos, como o centroavante Yuri Alberto, que perdeu chance inacreditável na etapa complementar e impediu um resultado melhor para o Alvinegro.

- Não tem explicação. O time vem em uma evolução. Contra o Flamengo, jogou bem. É difícil. O negócio é colocar a bola para dentro. Se não, fica entre os últimos. Lugar do Santos não é esse. Agora, temos o Cruzeiro pela frente. É esquecer um pouco o Brasileiro para na próxima partida finalizarmos melhor. Foi um jogo no qual fomos melhor em termos de oportunidade e empenho - disse, isentando o Menino da Vila: 

- Não acredito (que Yuri Alberto tenha saído queimado). É um moleque de personalidade. Entrou, procurou fazer o melhor, infelizmente não deu. 

Em determinado momento do jogo, Serginho ouviu gritos de burro vindos da arquibancada. Tudo por ter tirado o volante Diego Pituca de campo para a entrada do meia Jean Mota. Durante entrevista coletiva, o ex-jogador se explicou: 

- Eu não ligo. Nunca fui burro. Acho que Jean Mota entrou em, Pituca já estava esgotado. Isso aí faz parte do folclore do futebol. Não podemos satisfazer todo mundo, fiz as mudanças com a maior certeza. Está feito - finalizou.

O Santos volta a campo nesta quarta-feira, também na Vila Belmiro, para enfrentar o Cruzeiro, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

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