Gestão de Rueda no Santos inicia com desafios administrativos

Mandato do novo presidente santista começa nesta sexta-feira (1°). Resolver dívidas a curto prazo é missão inicial da administração

Andres Rueda - Santos
Rueda comandará o Santos até 31 de dezembro de 2023 (Foto: Fábio Lázaro/Lancepress!)

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Além de um novo ano, o dia 1° de janeiro traz consigo o início de uma nova gestão presidencial no Santos. A partir desta sexta-feira, Andrés Rueda é o novo mandatário do clube.

Se, de um lado, o novo presidente assume o Peixe com a parte esportiva em boas condições, já que, embora o time não vença há quatro rodadas no Brasileiro, é um dos semifinalistas da Libertadores. Inclusive, o primeiro jogo do Santos com Rueda à frente será justamente a primeira partida de semifinal do torneio, contra o Boca Juniors, em La Bombonera, na próxima quarta-feira (6). O novo presidente, inclusive, já afirmou que pretende viajar à Argentina com a delegação.

No entanto, diferentemente do time em campo, a parte administrativa santista segue delicada. Em cálculos recentes feitos por membros da nova gestão durante a primeira reunião de transição com o ex-presidente Orlando Rollo, o total de dívidas do Santos ultrapassa a marca de R$ 700 milhões. Entre elas, seguem cerca de R$ 25 milhões em pendências a curto prazo, que bloqueiam o Santos de registrar novos atletas.

Nas duas últimas semanas, houve tentativas da administração anterior em entregar o clube sem o impedimento de registro de atletas junto a Fifa, mas questões burocráticas impediram.

A atual gestão tem assumido essas questões desde a segunda quinzena de dezembro.

Segundo o ex-presidente santista, Orlando Rolĺo, o acordo com o Atlético Nacional (COL), referente a inadimplência santista na compra do zagueiro Felipe Aguilar, atualmente no Athletico-PR, já esta alinhado, pois os colombianos aceitaram a receber pouco mais de 4 milhões de dólares, recentemente desbloqueados pelo Peixe, refetente a mecanismos de solidariedade travados. Apenas questões de formalização impedem o firmamento do acordo e, consequentemente, retirada da ação do Atlético Nacional contra o Alvinegro na Fifa. À Gazeta Esportiva, o presidente da equipe de Medellín nega o acordo.


Outro fator que se encerra neste primeiro dia de 2021 é o artigo 91 do Estatuto Social do Santos FC, que previa nos últimos três meses da gestão passada a necessidade de aprovação do Conselho Deliberativo em todas as questões envolvendo o futebol. No dia 21 de outubro, os conselheiros aprovaram um acordo entre o Peixe e o Huachipato (CHI) referente a outra pendência que o Alvinegro tem na Fifa, a do não pagamento pela aquisição do atacante Soteldo, em 2019. O Santos "devolveria" os 50% do atleta aos chilenos, que perdoaria a dívida, retiraria a ação contra os santistas no órgão máximo do futebol, e ainda pagaria dívidas que o Peixe tem com Soteldo. No entanto, novas exigências no acordo e a necessidade de retorno ao Conselho impediram o acordo de fluir na gestão anterior. Com início da administração presidida por Rueda, o Comitê Gestor terá mais liberdade para negociar com o clube do Chile.

Além de Andrés Rueda, formará o grupo responsável pela gestão santista nos próximos três anos: o vice-presidente José Carlos Oliveira e os gestores Dagoberto Oliva, José Berenguer, José Renato Quaresma, Rafael Leal, Ricardo Campanaro, Vitor Sion e Walter Schalka.

* Sob supervisão de Vinícius Perazzini

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