Palmeiras entra com recurso no STJD para julgar a final do Paulistão

Clube recebeu nesta semana o acórdão do TJD-SP, que abriu caminho para o Verdão entrar na instância superior, no Rio de Janeiro. Clube espera um 'julgamento imparcial'

Imagem mostra Marcio Verri Brandão à beira do campo
Clube tenta fazer ser julgada a acusação de que houve interferência externa no jogo (Foto: Reprodução)

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O Palmeiras entrou nesta quinta-feira com recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para julgar a final do Campeonato Paulista. O clube diz que espera nesta instância ter um "julgamento imparcial", depois de esgotar as tentativas no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP).

- O Palmeiras apresentou seu recurso ao STJD e está solicitando que esse tribunal traga para si a competência para resolver o caso. Temos certeza que nessa instância teremos um julgamento imparcial - aponta Alexandre Zanotta, diretor jurídico do clube.

Embora a decisão já fosse esperada, levou quase 40 dias para ocorrer após a última audiência no TJD-SP por conta da demora do tribunal em divulgar o acórdão. O Verdão precisava ter documentado que esgotou todas as possibilidades em São Paulo para então buscar uma instância superior. 

O clube espera que o tribunal carioca retifique a decisão e confirme que os trâmites ocorreram corretamente. Isto porque até aqui não houve a análise do dossiê montado pelo Palmeiras sobre se houve interferência ou não. Por 5 votos contra 1, o TJD-SP considerou que o Verdão não cumpriu o prazo correto para entrar com o pedido de impugnação do jogo e por isso nem abriu investigação.

O regulamento diz que o pedido deve ser feito até 48h depois da publicação da súmula, e neste prazo o Palmeiras entrou com o pedido de abertura de inquérito, com um relatório, entrevistas dos envolvidos na arbitragem daquele Dérbi, alegando que a decisão de anular o pênalti de Ralf em Dudu veio de alguém além da equipe de arbitragem. O Tribunal argumentou que não havia provas suficientes.

O clube entrou com o pedido de impugnação no dia 25 de abril, logo em seguida à essa negativa, e o TJD-SP argumentou que isto deveria ter sido feito nas primeiras 48h após o jogo. O entendimento no Palmeiras, entretanto, é de que este prazo foi "congelado" ao solicitar a instauração de inquérito em 10 de abril (dois dias após a decisão) e que ele voltou a valer após o anúncio do arquivamento da investigação (23 de abril). Teria, assim, feito o trâmite da forma correta.

A expectativa é de que o STJD faça esta mudança e obrigue o TJD a analisar os ocorridos no dia 8 de abril. O Palmeiras deseja, inclusive, que durante a investigação de todos os fatos o Campeonato Paulista não tenha um campeão proclamado.

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