Com atraso, alterações de Felipão surtem efeito para evitar prejuízo

Após primeiro tempo sofrível, com Godoy Cruz chegando a abrir 2 a 0 e ainda perdendo pênalti, mudanças no Palmeiras deram resultado depois do intervalo e garantiram 2 a 2

Godoy x Palmeiras
Willian e Borja foram duas das três novidades do Palmeiras nesta terça-feira, em Mendoza (Andres Larrovere/AFP)

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O Palmeiras abriu as oitavas de final da Libertadores contra o Godoy Cruz, em Mendoza, com três mudanças no setor ofensivo e viu tudo dar errado, em todos os pontos. O time chegou a estar perdendo por 2 a 0, ainda descontou com Felipe Melo e viu Weverton defender pênalti. Mas sai da Argentina com um empate por 2 a 2 porque as alterações deram certo com atraso, porém a tempo de ter vantagem no duelo de volta, na terça-feira que vem, no Allianz Parque.

Por ter feito dois gols fora de casa, critério de desempate na Libertadores, o Verdão se classifica para as quartas de final vencendo ou se empatar por 0 a 0 ou 1 a 1 - novo 2 a 2 leva para os pênaltis e igualdades por três ou mais gols dá a vaga aos argentinos. Uma possibilidade inimaginável diante do que se viu na primeira metade da partida no estádio Malvinas Argentinas.

Para o segundo tempo, Felipão não mexeu na equipe, mas fez as alterações iniciais darem resultado. Do time derrotado pelo Ceará, Gustavo Scarpa, Zé Rafael e Deyverson foram trocados por Raphael Veiga, Willian e Borja. O ajuste na movimentação veio com Veiga ajudando Diogo Barbosa, Dudu centralizado e Willian brigando como costuma para a bola ficar na frente, colocando Borja de vez na partida.

As diferenças ficam evidentes, inclusive, nas estatísticas. Os números do Footstats mostram que o Palmeiras finalizou quase o dobro de vezes (11 contra seis) e deu mais assistências para finalizações (nove contra seis) no segundo tempo em relação ao primeiro. Além disso, bloqueou melhor o Godoy Cruz, que deu menos finalizações (sete contra três) e assistências para finalizações (seis contra duas). A situação voltou tão ao "normal" do Verdão que até a posse de bola do time de Felipão diminuiu após o intervalo (64,25% contra 62,94%).

No primeiro tempo, o Palmeiras estava completamente desorganizado na frente, só com alguma rara alternativa pelos lados, e sem rumo na defesa. O Godoy Cruz já abriu o jogo com liberdade nas costas de Diogo Barbosa, principal caminho que encontraram, e abriram o placar com cinco minutos em lance no qual a área de Weverton lotada foi incapaz de impedir que a bola chegasse a Santiago Morro García e, pior, com ele superando Gustavo Gómez pelo alto na pequena área.

Saindo na frente, o Godoy Cruz foi para trás. O Palmeiras foi avançando até que Morro García estava completamente livre no setor de Diogo Barbosa. Aí, foi Weverton que titubeou. Primeiro, ao não sair para abafar. Segundo, ao, mesmo parado debaixo do gol, não conseguir nem fechar o espaço entre ele e a trave. Resultado: 2 a 0 para os argentinos, com 29 minutos de partida.

Parecia tudo perdido quando o Palmeiras brigou para ter a bola no pé em uma cobrança de falta e Marcos Rocha cruzou para Felipe Melo descontar, aos 34. Mas, pouco depois, Gómez falhou de novo, cometendo pênalti infantil. Desta vez, contudo, Weverton se redimiu e defendeu. Deu real vida ao time.

O Palmeiras empatou em golaço de Borja e teve oportunidade para balançar mais as redes, inclusive em chance clara de Willian, quando ainda estava 2 a 1. A melhora foi tão boa que ficou a impressão de que, com um pouquinho mais de capricho, seria possível a primeira virada na atual passagem de Felipão. Mas fica uma expectativa de melhor desempenho e resultado na próxima terça.

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