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Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem realiza primeiro julgamento

Criado por pedido da Wada, a entidade determinou, nesta terça-feira, a punição de um judoca não identificado por três anos e meio

Membros do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem tomam posse em cerimônia no Ministério do Esporte
imagem cameraTribunal de Justiça Desportiva Antidopagem foi criado em dezembro do ano passado (Foto: Francisco Medeiros/ME)
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Brasília (DF)
Dia 29/08/2017
18:06
Atualizado em 29/08/2017
18:20

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O Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJDAD) realizou, na tarde desta terça-feira, no prédio do Ministério do Esporte, em Brasília, seu primeiro julgamento. Presidida por Gustavo Delbin e com Marcel de Souza e Tatiana Nunes como auditores, a Primeira Câmara jungou um caso de doping de um judoca, cujo nome nãnão foi revelado devido ao sigilo do processo. O atleta testou positivo para o anabolizante estanozonol.

Após analisarem o caso, assim como ouvirem os argumentos da defesa, ficou determinada a suspensão do esportista por três anos e meio. A pena foi amenizada em seis meses - inicialmente eram quatro anos afastado - devido a confissão do judoca. O atleta, a procuradoria (responsável pela acusação) e a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) têm 21 dias para entrar com recurso, caso julguem necessário.

Presidente da Primeira Câmara e relator do caso, Gustavo Delbin falou sobre a importância dos trabalhos do TJDAD.

- O tribunal especializado tem duas vantagens: a primeira é que ele é composto por especialistas da área que analisam as questões de forma extremamente técnica e vinculada com as normas internacionais antidopagem. A segunda é que não há disparidade em termos de decisões. Como é o mesmo órgão que faz todos os julgamentos, não haverá discrepância entre casos de modalidades diferentes. Haverá uma uniformidade nas decisões - analisou Delbin.

Nesta quarta-feira, a Segunda Câmara - com Luciano Hostins como presidente e Eduardo De Rose e Luiza Parente como auditores - e a Terceira Câmara - presidida por Fernanda Bini e com Guilherme Faria e Humberto Fernandes como auditores - julgam, três casos da canoagem, sendo um referente ao uso do anabolizante estanozonol e dois por uso de Isometepteno - um dos princípios ativos do medicamento Neosaldina - analgésico usado para dores de cabeça.

Antes da criação do TJDAD, os casos de dopagem no esporte brasileiro eram julgados pelos Tribunais de Justiça Desportiva das confederações brasileiras. O órgão foi criado por exigência da Agência Mundial Antidoping (Wada, em inglês), que exigia que o país tivesse um tribunal único para todos os casos de doping no país.

O TJDAD já recebeu 30 casos, segundo o presidente Luciano Hostins. Além dos quatro desta semana, seis estão previstos para serem julgados em setembro. Luciano revelou ainda que do total, 14 são do futebol, a maioria por uso de substâncias encontradas em anti-inflamatórios.

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