Raulzinho sobre participar do último jogo de Kobe Bryant: ‘Será especial’
Brasileiro fala ao L! sobre a adaptação a NBA, a surpresa por começar a temporada como titular do Jazz e a felicidade por pode atuar no jogo derradeiro do astro dos Lakers

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Raulzinho vive um momento mágico na carreira. Afinal, o brasileiro finalmente está atuando na NBA após ser escolhido há dois anos pelo Utah Jazz . Não bastasse isso, ele começou e se mantém como titular da franquia de Salt Lake City e ainda terá a honra de participar do último jogo da carreira de Kobe Bryant, que anunciou que irá se aposentar ao fim da temporada. O Jazz será o adversário do Lakers na última partida da temporada regular.
- Vai ser um jogo muito especial, que vai atrair a atenção do mundo. Sabemos disso. É um momento importante, pode ser o último jogo da história de uma verdadeira lenda do basquete e é bacana participar dessa partida. O Kobe é o ídolo de uma geração, um dos maiores nomes do esporte de todos os tempos - declarou ao L!.
Raulzinho aproveitou também para fazer um balanço destes dois meses de NBA. Ele revelou a surpresa por começar a temporada no quinteto inicial do Jazz, o principal obstáculo nesse curto período de liga americana, além de contar qual foi o jogador mais complicado que enfrentou até aqui. Confira abaixo a segunda parte da entrevista do armador ao LANCE!.
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L!: Qual tem sido a sua maior dificuldade neste período de transição entre o basquete europeu e a NBA?
R: Ainda estou me adaptando ao ritmo de jogo da NBA, à velocidade e à questão física do jogo. Mas, hoje, as coisas já estão bem melhores do que quando cheguei, e não só em relação ao que acontece dentro de quadra. Quando cheguei em Utah, uma cidade com cultura, clima, comida, língua, tudo diferente, eu sabia que esses seriam os meus primeiros adversários. Todos me ajudaram bastante, os fãs me receberam muito bem também, e estou cada vez mais confortável dentro e fora de quadra.
L!: Te surpreendeu começar a temporada como titular? Que aspecto foi determinante para que o técnico Quin Snyder te escolhesse para o posto?
R: Foi uma surpresa, claro, não esperava ter muitos minutos, menos ainda começar como titular. Quando cheguei aqui, meu objetivo era mostrar que poderia ser útil durante a temporada. Depois, focava em ganhar alguns minutos de quadra. Jogando, meu objetivo é me manter, apresentar boa regularidade. Agradeço muito a confiança dele, da comissão técnica e dos meus companheiros, isso tem sido fundamental para que eu possa jogar o meu melhor basquete.
L!: Até que ponto começar a caminhada na NBA em uma equipe jovem te ajuda também no seu crescimento dentro da Liga?
R: Quando eu pensei em NBA não tinha preferência por alguma equipe. Queria chegar à liga e fiquei muito feliz pelo Utah me abrir as portas neste desafio. Cheguei em um grupo muito bom, jovem, mas de talento, e que está mostrando a qualidade que tem dentro de quadra. Estamos crescendo juntos, formando um time forte e que ainda vai evoluir ao longo da temporada regular desse ano.
L!: Recentemente você teve seu melhor desempenho pessoal (13 pontos contra o Indiana). Em pouco mais de dois mês de competição em que ponto já vê evolução no seu estilo de jogo?
R: No entendimento do jogo. O basquete da NBA é bem diferente do europeu, de mais velocidade, mais físico, e ainda estou me adaptando ao tipo de jogo, conhecendo melhor as regras. Faltas que aqui a arbitragem apita ou não, e que são situações diferentes das que convivi no tempo em que atuei na Espanha. Estou jogando há pouco mais de dois meses, é cedo ainda para dizer que estou adaptado ao basquete americano, mas acho que estou conseguindo melhorar bastante e da melhor maneira, que é jogando, isso acelera esse processo de estar completamente adaptado.
L!: Muito mais do que conseguir a vaga de titular logo de cara, seu maior desafio, agora, é se manter no posto? Como tem sido a disputa interna com seus concorrentes à essa vaga?
R: É uma disputa saudável, se é que podemos chamar de disputa, nesse caso. Temos o mesmo objetivo, que é ajudar o Utah Jazz, e não há vaidade ou rivalidade dentro desse grupo. Temos uma boa convivência, o ambiente entre os jogadores é muito bom e vai jogar aquele que estiver melhor, que produzir mais e estiver sendo mais útil naquele momento. Temos um grupo e todos sabem da importância de cada um, da necessidade de que todos estejam bem para ajudar a franquia a alcançar os seus objetivos na atual temporada.
L!: O Utah atualmente está na zona de classificação para os playoffs. Mas a Conferência Oeste é marcada nos últimos anos pela concorrência muito mais acirrada em comparação ao Leste. Acredita que chegar na pós-temporada seria um prêmio para o elenco?
R: Há muito tempo o Utah não passa da temporada regular e o nosso objetivo é, sim, buscar uma vaga nos playoffs. O campeonato é equilibrado e muito longo, precisamos de vitórias, manter uma boa sequência, porque uma série ruim de resultados pesa bastante. Chegar aos playoffs não seria um prêmio, seria mérito, a recompensa de um trabalho bem feito e é isso que estamos buscando desde o início dessa temporada.
L!: Quem foi o adversário mais duro contra quem você atuou até o momento na NBA?
R: Aqui são tantos jogadores que é difícil escolher um que tenha me impressionado muito. Talvez o Russell Westbrook (do Oklahoma City Thunder), pelo potencial físico, pela força, rapidez como joga... Foi um dos armadores mais difíceis de defender e enfrentar até o momento.
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