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Pelé admite encontro com senegalês, mas nega saber de propina na Rio-16

Embaixador dos Jogos, ex-jogador esteve com Lamine Diack, que teria recebido dinheiro para votar na capital fluminense. Ele descreve o africano como um 'apaixonado pelo Brasil'

Pelé - Sorteio Copa
imagem cameraPelé foi um dos nomes responsáveis por divulgar a campanha do Rio como sede olímpica (Foto: AFP)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 05/06/2018
18:56

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O ex-jogador Pelé confirmou nesta terça-feira ter tido contato com o senegalês Lamine Diack, suspeito de receber propina para eleger o Rio de Janeiro como sede olímpica dos Jogos de 2016. Mas o brasileiro afirmou desconhecer qualquer troca de favores entre o africano e os dirigentes brasileiros. Ele prestou depoimento ao juiz Marcelo Bretas, uma vez que é testemunha de defesa de Carlos Arthur Nuzman no caso.

Pelé, hoje aos 77 anos, foi embaixador da campanha brasileira e realizou diversas viagens para fazer propaganda do país. Ele descreveu Lamine como um "apaixonado pelo Brasil". A capital fluminense venceu a disputa em 2009.

– Lembro que era do Senegal, apaixonado pelo Brasil, pelo futebol, pelo Pelé. Tive oportunidade de conhecer – disse Pelé, que foi questionado especificamente sobre a suposta propina.

– Pode ter sido em particular, comigo não – afirmou.

A investigação da Polícia Federal, que teve início em parceria com o Ministério Público da França no ano passado, apontou indícios de que Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), teria atuado como ponte para unir o empresário brasileiro Arthur Soares e dirigentes com poder de voto na eleição sobre a sede olímpica.

Os trabalhos concluíram que foram pagos US$ 2 milhões em propina para o senegalês Lamine Diack, ex-membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).

"Os depoimentos hoje prestados foram bastante firmes no sentido de atestar a dedicação, a correção e o empenho de Carlos Arthur Nuzman em tornar realidade o que seria um sonho. Cada vez mais a acusação se enfraquece com a contundência da prova francamente favorável à defesa", informou a defesa de Nuzman, composta pelos advogados Nelio Machado e João Francisco Neto.

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