Maratonistas brasileiros vão às alturas de olho no índice olímpico

Adriana da Silva, Andreia Hessel e Valdilene Santos treinam na Colômbia antes de disputar a Maratona de Valência em busca de classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio<br>

Adriana (ao centro na fila de baixo) no lançamento do Time Ajinomoto (Foto: Ajinomoto do Brasil/Divulgação)
Adriana (ao centro na fila de baixo) no lançamento do Time Ajinomoto (Foto: Ajinomoto do Brasil/Divulgação)

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As maratonistas Adriana da Silva, Andreia Hessel e Valdilene Santos estão na Colômbia para uma temporada de treinos em altitude. O trio do Time Ajinomoto viajou na segunda-feira e permanece em território colombiano até o fim de novembro. As duas primeiras ficarão na cidade de Sopó, localizada 2.650 metros acima do nível do mar, e Valdilene em Paipa, a 2.502 metros de altitude, intensificando a preparação para a Maratona de Valência, em dezembro. A prova espanhola é válida para obtenção de índice para os Jogos Olímpicos, que serão realizados em Tóquio, em 2021.

Para assegurar a classificação, as brasileiras precisam completar o percurso de 42.195m no tempo máximo de 2h29min30.

- Acredito que nada é impossível. Vou treinar com minha grande amiga Adriana, prova real de que, sim, é possível alcançar os sonhos porque ela conseguiu o índice que temos de fazer quando foi para os Jogos em Londres (2012) - destaca Andreia.

Atualmente, sua melhor marca em maratona é 2h34min55, registrada em Nagoia, no Japão, no ano passado.

Antes da viagem para a Colômbia, Andreia e Valdilene disputaram o Mundial de Meia Maratona em Gdynia, na Polônia, no último dia 17. Andreia completou na 76ª colocação, registrando a melhor marca de sua carreira na distância (1h14min41).

- O Mundial foi como um termômetro sobre como estou em ritmo de competição. Uma semana antes de embarcar para a Polônia, corri uma prova de 10.000m na pista de Bragança Paulista e aumentei minha autoconfiança porque meu resultado foi melhor do que em 2019. Passei a acreditar que era possível fazer um bom resultado no Mundial e tracei uma meta ousada de conseguir meu personal best (melhor marca), pois queria sentir o ritmo real que devo correr para obter o índice - diz.

Valdilene teve uma crise de hipotermia por causa do frio e cruzou a linha de chegada em 94º em Gdynia.

- Não obtive o resultado esperado, mas voltar a competir e com foco nas Olimpíadas serviu para ganhar ritmo e vivência competitiva - avalia a maratonista, que tem 2h32min01 (Frankfurt- 2018) como melhor tempo na distância.

Adriana não disputou o Mundial, mas correu uma prova de 5Km após a retomada dos eventos esportivos. Em sua primeira competição em mais de um ano, ela completou o percurso em 20min e ficou satisfeita pela retomada na normalização dos treinos. Seu melhor tempo em maratona é 2h29min17 (Tóquio-2012).

Para o trio do Time Ajinomoto, o treinamento na Colômbia vai ajudar muito na preparação para buscar o índice olímpico.

- Esse treinamento em altitude é muito bom, principalmente para maratonistas, porque ajuda muito no condicionamento e no aumento de hemoglobina. Treinar lá no alto é muito difícil devido à respiração, mas é muito importante porque quando volto a competir em lugar mais baixo o resultado é muito bom - garante Adriana.

A hemoglobina (glóbulos vermelhos) é responsável por transportar o oxigênio na corrente sanguínea e aumentar a resistência orgânica.

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