Judô estende corrida olímpica até junho após coronavírus adiar etapas

Federação cancela quatro torneios do Circuito Mundial e amplia em dois meses o período de classificação dos atletas que tentam somar pontos para disputar a Olimpíada de Tóquio

Maria Suelen leva o ouro no Grand Slam de Ecaterimburgo
Maria Suelen Altheman luta por pontos na classificação olímpica (Foto: Divulgação/IJF)

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A Federação Internacional de judô (IJF, em inglês) anunciou nesta terça-feira a extensão do período de classificação olímpica para Tóquio-2020 até o dia 30 de junho, devido ao coronavírus. Inicialmente, o ranking seria fechado em 30 de maio. 

A entidade também informou que os campeonatos continentais, como o Pan-Americano da modalidade, planejados para o período até 30 de abril de 2020, serão adiado, ainda sem novas datas. Eventos da base no período estão cancelados.

Na segunda-feira, a entidade já havia desistido da realização de todos os eventos do Circuito Mundial previstos para acontecer até o final de abril. Isso inclui o Grand Slam de Ecaterimburgo, na Rússia, que teria início nesta sexta-feira, além dos Grand Prix de Tbilisi (Geórgia) e Antalya (Turquia). 

O Brasil teria 25 atletas na Rússia em busca de pontos no ranking. O embarque da delegação brasileira estava previsto para essa terça-feira e foi cancelado em tempo. Parte da delegação já havia realizado os trechos domésticos da viagem, mas nenhum membro da delegação chegou a embarcar para a Rússia.

A IJF também explicou que pretende manter o Grand Slam de Baku, no Azerbaijão, e o Masters de Doha, no Qatar, como planejado, desde que a situação global da saúde melhore. Em junho, o Grand Prix de Budapeste se tornará Grand Slam, ou seja, renderá maior número de pontos. O primeiro torneio dá 700 aos vencedores, enquanto o Slam garante mil.

"À luz dos contínuos e novos desdobramentos na crise do COVID-19 e da deterioração da situação em muitos países, as viagens se tornaram cada vez mais arriscadas, assim como reuniões públicas. Estamos na desconfortável posição em que devemos tomar uma decisão drástica para proteger a família do judô e também cumprir as medidas gerais de segurança em todo o mundo. Infelizmente, a situação agora é perigosa e crítica sob muitos pontos de vista. É de suma importância manter a família do judô segura nesses tempos difíceis e também garantir chances justas para todos os atletas envolvidos na qualificação olímpica." informou a IJF, em nota.

O Brasil tem disputas em aberto em categorias, algumas com pequena diferença entre os concorrentes à única vaga do país por peso. 

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