Ian Matos se despede de Mundial, mas segue luta contra preconceito

O brasileiro que se assumiu gay em 2014 disputa, neste sábado, a eliminatória do trampolim de 3m ao lado de Tammy Galera

Ian Matos
Ian Matos representou o Brasil da Rio-2016 AFP

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A manhã deste sábado será a última aparição do brasileiro Ian Matos no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste, na Hungria. A partir das 9h (horário de Brasília), o atleta disputa a eliminatória do trampolim de 3m sincronizado misto, ao lado de Tammy Galera. O natural de Belém do Pará disputou o trampolim e 1m e 3m individual, acabando, respectivamente, na 33ª e 37ª colocação.

Além da disputa por medalhas, o quarto colocado em Toronto-2015 (trampolim de 3m sincronizado), trava outra batalha fora das piscinas. Em 2014, mesmo ano em que se mudou para o Rio de Janeiro, o jovem de 28 anos assumiu sua homossexualidade.

Vendo a sua ação como 'um ato de representatividade', Ian defende que pessoas públicas assumam sua sexualidade.

- É um movimento político de que a gente precisa. A comunidade LGBT precisa de pessoas falando ‘olha, eu sou gay e não tem nenhum problema com isso, eu sou uma pessoa como qualquer outra' - disse em entrevista à ONU. 

Participante da campanha da ONU ‘Livres & Iguais', o atleta explica que o machismo está nas pequenas ações. Além disso, para ele, 'a homofobia nasce do machismo'.

- A gente tem comportamentos machistas, homofóbicos, racistas e a gente não percebe. Às vezes até com palavras pequenas que a gente usa no dia a dia, a gente destila preconceito e a gente nem se toca. Isso é um trabalho de autoconhecimento, de se colocar no lugar do outro, de analisar e tentar ver de uma forma diferente - relata em entrevista à ONU.

Confira o depoimento de Ian Matos para a série 'Livres & Iguais':

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