Coluna do Bichara: vitória do Laranja errado
Verstappen não teve moleza em casa
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Findas as férias de verão e as Olimpiadas, a F1 chegou à terra de Max Verstappen. A onda laranja — em homenagem à Casa D’Orange, dinastia do Rei da Holanda — mais uma vez, tomou conta de Zandvoort, onde os torcedores lotavam as arquibancadas.
Falando em Olimpíadas, uma curiosidade: se a F1 tivesse um sistema de medalhas como a da competição, a Inglaterra seria a maior campeã de todos os tempos, com 312 medalhas de ouro e 765 no total, seguida pela Alemanha com 179 de ouro e 415 no total. E sabem quem viria em um honroso 3º lugar? O Brasil, com 101 medalhas de ouro e 293 no total. Que triste saber que hoje não temos nem a possibilidade de disputar mais algumas “medalhas”. O pior é que a movimentação de pilotos segue aquecida, e nem sinal de janela para os brasileiros….
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No break de verão rolaram algumas definições nas equipes para 2025. A Audi (que ano que vem ainda será Sauber) anunciou Nico Hülkenberg, fazendo uma aposta na experiência de um piloto que tem um longo passado pela frente (inevitável lembrar que o alemão ostenta o recorde absoluto de corridas sem um único pódio — quase 220).
E sabe quem está por lá também, de volta da aposentadoria? Mathia Binotto, AKA Daniel Azulay da Calabria. A Audi pode até vir a andar bem, mas tem feito escolhas por personagens com um histórico de fracassos.
Outra peça que se encaixou, após muito suspense, foi Carlos Sainz. Para a decepção de muitos que, como eu, acreditam no potencial do espanhol, ele fechou com a Wiliams. Pelo visto, Red Bull e Mercedes fecharam suas portas para o Sainz. Aliás, a Red Bull anunciou que fará um teste em Ímola com Lian Lawson e Daniel Ricciardo. Vamos ver se finalmente o incompetente Perez será “promovido para o mercado”.
Já na Haas, teremos uma nova dupla: o experiente Esteban Ocon e o novato Oliver Berman — sensação na F2. Curioso como o time americano vem melhorando sua performance. O problema devia ser mesmo o Gunther Steiner, que em vez de tocar o time só pensava em ser celebridade da Netflix.
No domingo, muita gente apostava na superioridade de Verstappen na largada, que vinha logo atrás de Lando Norris, o pole. E não deu outra, o dono da casa disparou assumindo a ponta. Embora a telemetria registre que ele e Norris reagiram em 0,28 milésimos, a Red Bull tracionou bem melhor.
Mas a alegria do herói local não durou muito: na volta 18 Norris reassumiu a ponta. Mostrando a atual superioridade da McLaren, 6 voltas depois ele já tinha aberto 3,6 segundos, se protegendo de um undercut. Verstappen parou na volta 28, e imediatamente após Norris fez o mesmo, mantendo a liderança com tranquilidade.
Mais atrás, a surpresa ficou por conta de Charles Leclerc. Apesar de sua Ferrari vir visivelmente mais fraca, o monegasco conseguiu se segurar em 3º, superando Oscar Piastri.
A superioridade de Norris era tão grande que, na última volta, sem trocar pneus, ele ainda conseguiu fazer o melhor tempo, garantindo assim até o pontinho extra. Todo ponto pode ajudar na batalha pelo título, que o inglês parece ter entrado de vez.
A multidão que tingia de laranja a pista holandesa dessa vez teve que se contentar com seu ídolo em 2º lugar. Ao menos, a cor combinou com a Mclaren.
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