Campeões de Tudo

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Internacional celebra os dez anos da Libertadores de 2006 nesta terça

Colorado alcançaria o feito histórico na noite do dia 16 de agosto de 2006, contra o então campeão São Paulo e diante de 57.554 torcedores no Beira-Rio

  'Glória do desporto nacional, oh, Internacional...' Fernandão ergue a taça da Libertadores (Foto: Divulgação/Inter)
Escrito por

Não há um único colorado que não tenha celebrado na noite do dia 16 de agosto de 2006. Noite inesquecível. Noite memorável. Noite que ficou para a história. Noite em que foi escrito o capítulo mais grandioso da história do Internacional, então com 97 anos de muita história. A busca pela tão sonhada conquista da Copa Libertadores terminaria naquela noite, no sagrado solo do Beira-Rio e exatamente às 23h53, quado o argentino Horacio Elizondo apitou pela última vez. Espera encerrada diante do São Paulo, time que era o atual campeão da Libertadores. Diante do então campeão do mundo. Não poderia ter sido outro rival. O Internacional de Tinga, Sobis, Fernandão & Cia. alcançou o topo naquele 16 de agosto de 2006. Data que completa exatos dez anos nesta terça-feira. Data em que a América ficou vermelha pela primeira vez.

O LANCE! trará, ao longo do dia, matérias com personagens da conquista, um especial sobre o eterno capitão Fernandão e como foi a cobertura do L! no duelo decisivo. Acompanhe e relembre do feito alcançado pelo Colorado.

                VICE-CAMPEONATO BRASILEIRO E VOLTA À LIBERTADORES

O desejo em conquistar a América não era novidade no Internacional. O eterno rival Grêmio se vangloriava de ter levado duas, algo que, naturalmente, incomodava o torcedor colorado. E o Inter já havia experimentado a frustração de ter ficado no quase, quando, então campeão brasileiro, foi superado pelo Nacional uruguaio na decisão de 1980. Conquistar o primeiro título sul-americano era uma obsessão. Obsessão que terminaria há exatos dez anos.

O Inter disputaria a Libertadores de 2006 findando um hiato que durava desde a última aparição no torneio, em 1993, fruto do título da Copa do Brasil de um ano antes. A vaga na edição que viria a ser histórica veio graças ao vice-campeonato brasileiro de 2005. Através da competição que ficou lembrada pela "Máfia do Apito". Sem Muricy Ramalho, que acertaria com o São Paulo, o Inter buscou Abel Braga. O Abel que havia sido vice-campeão brasileiro comandando o próprio Inter no Brasileirão de 1988. Abel que foi mantido no cargo mesmo após o vice do Gauchão de 2006. Abel que escreveria seu nome na história colorada naquele mítico ano.

      Capitão Fernandão ergue a taça (Foto: Divulgação/Internacional)

                          INTERNACIONAL INVICTO NA FASE DE GRUPOS

Coube ao Inter ser integrante do Grupo 6 daquela Libertadores, assim como Maracaibo, da Venezuela, o mexicano Pumas e o carrasco de 80, o Nacional. E o Colorado fez bonito. Foram 14 pontos e a liderança da chave graças a quatro vitórias e dois empates. Segunda melhor campanha da fase de grupos e, com isso, o direito de decidir no mata-mata sendo mandante. Vantagem de decidir no Beira-Rio. E com a eliminação do Vélez Sársfield, o time de melhor campanha, nas quartas de final, o Colorado levaria tal vantagem até a decisão. Foi exatamente o que aconteceu.

                   RIVAL CONHECIDO E CONFIANÇA APÓS SUPERAR A LDU

Dono da segunda melhor campanha na fase de grupos, o Inter enfrentou o time que se classificou em segunda lugar na sua chave com a segunda pior campanha entre tais times. Quis o destino que o adversário fosse o já conhecido Nacional. Vitória no Uruguai por 2 a 1 e vaga nas quartas de final após um 0 a 0 no Beira-Rio. Veio as quartas de final. Vieram os duelos contra a LDU. LDU que estava destinada a fazer história contra um time brasileiro em Libertadores, mas não naquele ano. O Colorado conheceu a sua primeira e única derrota na competição na altitude de Quito. Mas o 2 a 1 no Equador foi superado com um 2 a 0 em Porto Alegre e classificação à semifinal.

Para o ex-volante Tinga, um dos jogadores fundamentais para o título colorado, o jogo de volta das quartas de final contra a LDU, que ocorreu após a paralisação da competição para a disputa da Copa do Mundo da Alemanha, foi decisivo para o elenco colorado acreditar que o título era, de fato, possível.

– A virada que conseguimos sobre o Pumas (por 3 a 2, após a equipe estar perdendo por 2 a 0 no Beira-Rio) na primeira fase foi muito importante para a gente engrenar na sequência da competição. Agora, o jogo do LDU foi quando nos sentimos mais fortalecidos: ficamos treinando por muito tempo só para este jogo, e foi muito concentrado. Isto ajudou muito para a gente ir bem – disse o ídolo colorado, ao LANCE!.

O Internacional chegaria à decisão da Libertadores após superar o Libertad, do Paraguai. Igualdade sem gols fora de casa e triunfo por 2 a 0 no Beira-Rio, com gols de Alex e Fernandão diante de 50.548 presentes. A final, contra o então campeão São Paulo, reservaria duelos contra um rival visto como favorito.

                       A DECISÃO CONTRA O ATUAL CAMPEÃO SÃO PAULO

Fernandão celebra o gol que inaugurou o placar no segundo e decisivo jogo da decisão contra o São Paulo (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

O jogo da ida, no Morumbi, terminou em festa colorada. Rafael Sobis fez Inter 2 a 0, com Edcarlos marcando para o São Paulo e decretando o 2 a 1 em solo paulista. Vantagem do empate para o Colorado. Vantagem que faria toda a diferença.

O Imortal Fernandão fez Inter 1 a 0 naquele 16 de agosto de 2006. Fabão deixou tudo igual, mas Tinga, que seria expulso logo depois, fez 2 a 1. Lenílson garantiria certa esperança ao Tricolor ao empatar novamente, mas não havia mais tempo para nada. A América era vermelha. O Internacional era campeão da Libertadores.

FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL 2 X 2 SÃO PAULO


Local: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Data: 16/8/2006
Árbitro: Horacio Elizondo (Fifa-ARG)
Auxiliares: Rodolfo Otero (Fifa-ARG) e Dario García (Fifa-ARG)
Público/Renda: 57.554 (8.656 pagantes e 43.915 sócios)/R$ 719.365,00
Cartões amarelos: Edinho, Tinga, Jorge Wagner, Fernandão, Alex e Bolíviar (INT); Aloísio (SPA)
Cartão vermelho: Tinga (INT)

Gols: Fernandão, 29'/1ºT(1-0); Fabão, 5'/2ºT(1-1), Tinga, 20'/2ºT(2-1) e Lenílson, 39'/2ºT(2-2)

INTERNACIONAL: Clemer; Índio, Bolívar e Fabiano Eller; Ceará, Edinho, Tinga, Alex (Michel, 33'/2ºT) e Jorge Wagner; Rafael Sobis (Ediglê, 37'/2ºT) e Fernandão – Técnico: Abel Braga

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos (Alex Dias, 25'/2ºT); Souza, Mineiro, Richarlyson (Tiago, 13'/2ºT), Danilo (Lenílson, 13'/2ºT) e Júnior; Leandro e Aloísio – Técnico: Muricy Ramalho.

                     A CAMPANHA COLORADA NA LIBERTADORES DE 2006

FASE DE GRUPOS


16/2 – Maracaibo (VEN) 1 x 1 Internacional – Estádio José Pachencho Romero
13/2 – Internacional 3 x 0 Nacional (URU) – Beira-Rio
8/3 – Pumas (MEX) 1 x 2 Internacional – Estádio Universitário
22/3 – Internacional 3 x 2 Pumas (MEX) – Beira-Rio
4/4 – Nacional (URU) 0 x 0 Internacional – Estádio Parque Central
18/4 – Internacional 4 x 0 Maracaibo (VEN) – Beira-Rio

OITAVAS DE FINAL

27/4 – Nacional (URU) 1 x 2 Internacional – Estádio Parque Central
3/5 – Internacional 0 x 0 Nacional (URU) – Beira-Rio

QUARTAS DE FINAL

10/5 – LDU (EQU) 2 x 1 Intenacional – Estádio La Casa Blanca
19/7 – Internacional 2 x 0 LDU (EQU) – Beira-Rio

SEMIFINAL

27/7 – Libertad (PAR) 0 x 0 Internacional – Defensores Del Chaco
3/8 – Internacional 2 x 0 Libertad (PAR) – Beira-Rio

FINAL

9/8 – São Paulo 1 x 2 Internacional – Morumbi
16/8 – Internacional 2 x 2 São Paulo – Beira-Rio

A CAMPANHA COLORADA EM NÚMEROS

14 Jogos
8 vitórias
5 empates
1 derrota
24 gols pró
10 gols contra

PRINCIPAIS ARTILHEIROS

Fernandão – 5 gols
Rentería – 4 gols
Rafael Sobis e Michael – 3 gols