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Júnior narra seu gol na Copa de 82: ‘Jogada combinada que eu e Zico fazíamos no Flamengo’

Ao L!, ex-lateral da Seleção lembrou como foi ter deixado o dele contra a Argentina, jogo que será reprisado hoje no 'SporTV'. Júnior ainda recordou o entrosamento com o 'Galinho'

LATERAL QUE ATACAVA! Júnior marcou Maradona durante a Copa de 82 e deixou o dele na partida (Reprodução)
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A Seleção Brasileira de 1982 encantou o mundo com sua forma de jogar e, mesmo não vencendo aquela edição da competição, o "SporTV" decidiu reprisar a campanha do time de Zico, Sócrates, Falcão e muitos outros craques. Nesta sexta-feira, dia de Brasil e Argentina na emissora, o autor de um dos gols da vitória por 3 a 1 narrou a jogada para o LANCE!.

O ex-lateral Júnior, titular daquele grupo e ídolo do Flamengo, fez questão de relembrar como jogava o time de Telê Santana. Ao mencionar como foi a jogada do único gol que o defensor fez em Copas - ele atuou em 1982 e 1986 -, o atual comentarista esportivo da "Globo" enalteceu a jogada para o terceiro gol do Brasil, pela segunda fase da competição.

- Era uma jogada combinada, que eu e Zico fazíamos há bastante tempo no Flamengo. Eu procurava sempre entrar entre o lateral direito e o zagueiro central, aproveitando os passes do Zico, o homem que servia quem vinha de trás, aproveitando essa brecha entre a defesa e o goleiro adversário - disse Júnior, que contou os detalhes do lance.

- Quando o Filliol saiu crescendo na minha frente, o único espaço que tinha era embaixo das pernas dele. Consegui dar um toque com precisão e vencer o goleiro argentino. Poder rever esse gol será um prazer, até porque lances inesquecíveis como esse, a gente ainda tem na cabeça.

Quando questionado sobre o que lembra daquela Seleção que marcou gerações, o ex-lateral do Flamengo contou da felicidade de poder rever os jogos na "Faixa Especial", do "SporTV", ainda mais para mostrar aos mais novos como jogava aquele time. Brasil e Argentina será exibido às 19h.

- O privilégio de ter participado daquela geração. Uma Seleção que, mesmo não conseguindo atingir o objetivo principal, que era ganhar uma Copa do Mundo, depois de tanto tempo ainda ser lembrada com carinho e prestígio, junto àqueles que gostam do futebol, é motivo de prazer e satisfação. 

Copa de 82: Seleção de Telê marcou pelo estilo de jogo  (Divulgação)

Até hoje, são muitos os elogios à Seleção da Copa da Espanha, mas, a pressão sob este time já era de anos antes. Sem vencer o torneio desde 1970, com Pelé, a geração de Júnior pode ter assumido uma certa pressão para vencer em 1982. Contudo, o sonho "Canarinho" acabou com a derrota para a Itália, por 3 a 2.

- A Seleção Brasileira ganhou todos elogios, na verdade, por ter feito, antes da Copa, uma excursão à Europa e ganhado da Alemanha, em Stuttgart; da França, em Paris; e da Inglaterra, em Londres, coisa que nunca havia acontecido. Os europeus começaram a ver aquela Seleção como um time diferente. Não acho que tenha havido pressão - afirmou o "Maestro", como ele ficou conhecido pelos torcedores brasileiros.

- Talvez pelo fato de o Brasil não ganhar um título mundial há tanto tempo, mas as pessoas começaram a ver aquela Seleção pelo que estava sendo apresentado. Era uma geração de jogadores acima da média, como Zico, Sócrates, Falcão e Cerezo. Todos tinham essa consciência, por que não era um time jovem. Eu por exemplo já tinha 28 anos. A maioria estava nesta faixa etária e já tinha conseguido fazer alguma coisa dentro do futebol. Naquela equipe, só o Leandro e o Luizinho eram jogadores mais jovens - confesso o ex-jogador.

*sob supervisão de Tadeu Rocha