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Ao L!, Jair Pereira recorda trabalho na Seleção sub-20 e alerta para desafio da base em meio à pandemia

Treinador vitorioso em 1983 conta 'causo' com Bebeto, vê com otimismo o trabalho de base feito na CBF e acha que clubes que sentirão maior impacto com efeitos da  COVID-19

'Quem terá de aguentar as dificuldades com a base será o time de cima, que não vão ter tantos jogadores para lançar', disse Jair Pereira (Divulgação CBF)
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Abrir espaço para que jogadores promissores mostrassem seu valor com a camisa amarelinha foi um dos grandes marcos de Jair Pereira. Convidado do "De Casa com o LANCE!" nesta terça-feira, o treinador recordou sua passagem pela Seleção Brasileira Sub-20.

- Foi logo depois de comandar o Campo Grande na Taça de Prata (Segunda Divisão do Brasileiro) em 1982. Quando cheguei, os jogadores só queriam saber de correr. Eu fui e disse: "vamos trabalhar com bola". E foi um trabalho muito bom - em seguida, enumerou os jogadores que revelou:

- Fomos campeões sul-americanos e depois campeões do Mundial em 1983, na competição disputada no México. Era um time ótimo, muita gente disputou a Copa do Mundo de 1994. Tinha o Bebeto, Jorginho, Geovani, Gilmar Popoca, Mauricinho, Paulinho... E naquela época eu já usava o estilo que hoje chamam de futebol moderno, da Seleção atacar no 4-3-3 e quando defender, voltar no 4-5-1, com quem perdeu a bola dar o primeiro combate - completou.

Jair detalhou uma situação inusitada na convocação do então promissor Bebeto.

-  Eu tinha ido à Bahia acompanhar um jogador mas, na preliminar, vi o Bebeto jogando pelo Vitória, parecia um avião, dando um banho. Convoquei, a lista que eu chamei vinha chegando numa Kombi, aí eu percebi que estava faltando ele. Perguntei: "cadê o Bebeto?". O rapaz disse que não viu. Logo em seguida, o Bebeto chegou de táxi em cima da hora. Sei que ele olhou para o garoto e disse: "O Bebeto é esse aí? Magrinho do jeito que é, não deve jogar nada!" (risos) - afirmou.

O antigo treinador da Seleção sub-20 destacou a qualidade do camisa 7 campeão da Copa do Mundo de 1994. 

- O Bebeto depois mostrou, no Flamengo, na Seleção, por onde passou... Dava drible, tinha velocidade com ou sem a bola, era técnico e sabia usar sua técnica no momento exato. Foi um grande jogador - disse.


Atualmente em busca de trabalho como coordenador-técnico, o profissional de 74 anos tem observado bastante a base da Seleção Brasileira. Aos seus olhos, o desempenho comprova que Branco está no caminho certo como coordenador das categorias inferiores.

- Branco é demais, tem experiência de futebol. Trocamos muita ideia nos jogos. Ele cobra dos jogadores, vai assistir a todas as partidas e isso é importante. O boi cresce no olho do dono! Os treinadores são bons, o pessoal da parte física é profissional de qualidade - garantiu.  

Porém, Jair Pereira alerta como as categorias de base tendem a afetar os clubes neste período de pandemia do novo coronavírus.

- É claro que o futebol será afetado como um todo. Mas quem terá de aguentar as dificuldades com a base será o time de cima, que não vão ter tantos jogadores para lançar. Os clubes precisarão fazer um planejamento muito grande, em especial os que estão com problemas financeiros e apostam nos jogadores formados no clube - e frisou:

- Tudo tem de ser pensado com muita calma nesta volta. Com sabedoria, com segurança. Cabe a cada clube saber quando pode lançar os jogadores que são pratas da casa. Naturalmente, com todas as condições de saúde, de volta aos treinos, dos jogos...  - completou.

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