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Caso Daniel: testemunha afirma ter sido ameaçada por Edison Brittes

Lucas Mineiro contou que tentou conter agressões a jogador e que passou a tomar remédios contra depressão e síndrome do pânico depois do caso

Lucas Mineiro é testemunha do caso e revelou detalhes sobre a noite do crime (Foto: Reprodução)
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Uma das testemunhas da morte do jogador Daniel, o jovem Lucas Mineiro revelou que tentou conter as agressões contra o atleta e que foi ameaçado por Edison Brittes, acusado pela morte de Daniel. O depoimento foi dado à RPC, do Paraná.  Ele já prestou esclarecimentos à polícia.

Lucas Mineiro estava na boate em que ocorreu a festa de aniversário de Allana, filha de Edison. O jovem afirmou que pediu para que o agressor não seguisse com as ações violentas contra o jogador.

- No momento em que eles estavam agredindo Daniel, eu cheguei e falei: para, para. Ele (Edison Brittes) só olhou pra mim e falou: sai fora. Se você não vier me ajudar, sai fora se não você é o próximo - disse Lucas.

Morando fora da cidade em que vivia por ter medo de ser morto, Lucas disse durante a entrevista que ainda tem pesadelos com o ocorrido e que toma medicamentos para depressão e pânico.

- Eu sonhei muito com aquilo que aconteceu. Acordava assustado e chamava a minha mãe porque a gente se sente uma criança de novo. A gente se sente inseguro, desprotegido. Parece que tudo em volta conspira contra mim - revelou.

O QUE DIZ A DEFESA

A RPC também ouviu a versão da defesa de Edison Brittes, que negou as afirmativas de Lucas Mineiro. Para Cláudio Dalledone, advogado da família, Lucas merece ser processado criminalmente.

- Se isso fosse verdade, teria sido consignado, teria sido dito por ele quando foi ouvido em juízo e nada aconteceu nesse sentido. Menos ainda, na fase policial. Ele tenta, junto com o advogado dele, ganhar, nesse momento, um protagonismo. Ele quer, na verdade, aparecer.

Já o advogado Jacob Filho, responsável pela defesa de Lucas Mineiro, criticou as declarações de Dalledone.

-Ele (Edison Brittes) decepou o órgão genital de Daniel, que foi assassinado de forma brutal sem poder se defender. Esta manobra que o advogado Dalledone tenta fazer para amedrontar a testemunha e seu advogado é em vão. Nós não temos medo, não nos acovardamos, não pertencemos a este grupo criminoso, que infelizmente não respeita limites - disse o advogado.

RELEMBRE O CASO

O empresário Edison Brittes assumiu, em depoimento à polícia, ter matado o jogador Daniel Correia, de 24 anos. O caso aconteceu na madrugada do dia 27 de outubro do ano passado, na casa de Brittes em Curitiba. Brittes alegou que defendia a esposa de suposto estupro de Daniel, que estava no quarto do casal.

Para a Polícia Civil e o Ministério Público, não houve estupro. Seis acusados de se envolverem no assassinato estão presos e Evellyn Perusso, acusado de falso testemunho e calúnia na denúncia, responde em liberdade. Daniel estava atuando no São Bento, emprestado pelo São Paulo. O jogador também tem passagens por Coritiba e Botafogo.