Após caso Simone Biles, entenda o desafio da saúde mental de atletas paralímpicos

Tema ganhou destaque na Olimpíada de Tóquio após a estrela Simone Biles abandonar provas de ginásticas para priorizar seu bem-estar

Gabriel Bandeira comemora a primeira medalha de ouro do Brasil em Tóquio (Foto: Miriam Jeske/CPB)
Gabriel Bandeira comemora a primeira medalha de ouro do Brasil em Tóquio (Foto: Miriam Jeske/CPB)

Escrito por

O exemplo dado por Simone Biles criou uma onda sobre a relevância da saúde mental de atletas. Maior nome da ginástica artística mundial, a norte-americana de 24 anos desistiu de participar das finais da modalidade na Olimpíada de Tóquio. Ela era cotada para conquistar seis medalhas de ouro. Com os Jogos Paralímpicos a todo vapor, o tema voltou à tona: como a saúde mental influencia a performance de esportistas?

Depois do sucesso dos atletas brasileiros em Tóquio 2020, o rendimento dos paratletas ganhou novos holofotes. A pressão por resultados também aumentou. Destaque entre os 10 primeiros lugares no quadro geral de medalhas desde Pequim 2008, a expectativa do Time Brasil é manter a alcunha de potência mundial e alcançar sua 100° medalha na Paralimpíada.

Ao L!, Sônia Andrade, ex-vice-presidente do Vasco, explicou a relação direta entre adaptação do corpo e mente para obtenção de resultados. A cartola foi a primeira mulher a assumir o cargo executivo no clube e foi responsável pela implementação de projetos psicossociais, incluindo atendimento psicológico e pedagógico.

- Sabemos que este período tem sido difícil para os atletas, no entanto, apesar das mudanças que o isolamento impõe e do cuidado redobrado, o foco deve estar em orientá-los a criarem estratégias que os mantenham saudáveis e preparados física e mentalmente - começa.

- A adaptação do corpo e da mente é crucial para que cheguemos no ponto de onde nunca deveríamos ter saído. ​Por isso, fale, procure ajuda e permita-se ser ajudado! Temos que brigar por mais políticas públicas no esporte! - completa.

A ex-vice-presidente do Vasco também lamenta a posição do Brasil perante a inclusão a partir de políticas públicas.

- Infelizmente o Brasil não tem como prática instituir políticas públicas que através do esporte se salve as nossas crianças ! A inclusão de políticas públicas em nosso país dará oportunidade para quem sequer é visto por nossa sociedade! Incluir: palavra de ordem pós pandemia - conclui Sônia Andrade.

No primeiro dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, os atletas brasileiros conquistaram quatro medalhas, todas na natação, no Centro Aquático. O destaque foi o paulista Gabriel Bandeira, ouro nos 100m borboleta da classe S14, com direito a recorde paralímpico.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter