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Estrela da vitória do Flu, Soteldo é elogiado por Zubeldía: 'Fez um trabalho completo'

Atacante fez os dois gols da vitória

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Sharon Nigri Prais
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 03/12/2025
06:48
Soteldo comemora com Zubeldía seu gol pelo Fluminense
imagem cameraSoteldo comemora com Zubeldía seu gol pelo Fluminense (Foto: Lucas Merçon/FFC)

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Decisivo na vitória do Fluminense sobre o Grêmio, Soteldo foi elogiado por Zubeldía na coletiva após a partida. O venezuelano fez os dois gols da vitória tricolor em Porto Alegre, seus primeiros com a camisa do Flu.

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Mas as palavras do comandante foram além do desempenho ofensivo, destacando o aspecto defensivo e todo o coletivo.

— Bom, acho que o Soteldo fez um trabalho bastante completo. Porque, por um lado, fez os gols e, por outro lado, cuidou da bola. E, além disso, se sacrificou muito defensivamente. Às vezes, armava uma linha de cinco, roubava bolas. Então, fez uma partida bastante completa. Acho que, hoje em dia, os extremos estão obrigados a fazer um trabalho defensivo, porque as equipes, quase todas, progridem mais com seus zagueiros. Na construção do jogo, progridem mais, penetram mais. E isso já levou o futebol a complicar os recursos defensivos dos extremos. E Soteldo, que é um jogador mais de último terço, recorrendo bastante defensivamente, sem perder força ofensiva, é uma boa notícia. Porque não só fez um bom trabalho em equipe, mas que permitiu ter dois gols. Porque que é através de um jogo em conjunto, de um trabalho de equipe, para que Soteldo poderá fazer gols também — afirmou o treinador.

Zubeldía assumiu depois de Renato Gaúcho deixar o cargo e mostrou um estilo diferente de trabalho. Enquanto seu antecessor mudava a escalação a cada partida, o argentino opta por manter o máximo possível enquanto estiver funcionando. Ele explicou isso e o porquê do Fluminense estar em melhores condições físicas que outros times.

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— Esse cansaço que vemos em outros times, não vemos nos nossos jogadores. Eu acho que há coisas que ajudam para que isso não aconteça. Primeiro, estamos ganhando, e isso sempre, mentalmente, te dá mais energia. Segundo, estamos correndo bastante bem no campo, e isso também ajuda um pouco a dosar a energia. A recuperação é boa, tenho opções, quando preciso trocar por expulsões, lesões ou o que for, tenho opções. E, mesmo que eu não mude muito, disse isso a eles, vejam que eu não mudo muito, porque para consolidar uma ideia, me parece que o melhor não é mudar tanto. Mas entendo que no processo de Renato, quando há muitos jogadores novos, e quer ver um ou outro, e ter todos bem, até se definir quem pode ser o 11.

E prosseguiu, comparando o estilo dos trabalhos.

— Eu, com um panorama um pouco mais claro, tendo passado o 70% da temporada, eu já posso saber quem andou, quem não, já posso tomar decisões em relação ao que aconteceu, porque tenho amostras de partidas. Esse processo, para Renato, é injusto. Por quê? Porque ele recebe jogador novo e tem que ir avaliando, colocando um ou outro. Eu já tenho um panorama de quem se adaptou, quem não, quem era Serna, Canobbio estava adaptado, já Everaldo havia passado por um processo de gol, crítica, o guardei um pouco, e pude colocar. E tudo isso graças à temporada que estava no meio, ao processo de Mano e ao processo de Renato. Então, o que eles faziam, estava bom. Agora, estou em um processo diferente em que posso decidir por um 11 enquanto as coisas funcionem bem. E como funcionaram bem, mantive uma estrutura. E, no geral, se as coisas funcionam, mantenho. Não gosto de trocar muito. Mas entendo que, no começo da temporada, isso não pode acontecer muito. Sobretudo quando há tantas incorporações.

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Soteldo comemora seu gol pelo Fluminense
Soteldo comemora seu gol pelo Fluminense (Foto: Lucas Merçon/FFC)

Confira outras respostas da coletiva de Zubeldía

Sobre a titularidade no ataque do Fluminense

— São decisões, entendo que o que se espera de um centroavante são gols. Mas também há coisas que sinto que ele está ajudando o time, e muito, em muitos fatores. E Deus queira que a média situação que tenha no próximo jogo, se ele jogar com Vasco, que ele possa transformar na rede adversária, no gol. Porque no futebol muda tudo. No futebol, eu sempre tinha um treinador, que descanse em paz, Miguel Russo, e eu era jogador, e ele, na preleção, sempre dizia: 'Meninos, em 90 minutos o mundo vira, fazendo a alusão de que em 90 minutos o que era muito bom passa a ser ruim, o que era ruim passa a ser bom, o que não se transforma em 90 minutos pode mudar a história. Por exemplo, o de Soteldo, hoje fez dois gols em um cenário muito difícil. Então o futebol te dá essa oportunidade para revertir situações. Mas eu me fico com coisas que lhe dão os jogadores, neste caso, Beraldo ou Soteldo, ou outro jogador, que para mim são importantes para que outros também se destaquem. Um trabalho aí para que outros se destaquem, para que outros brilhem. E isso não é pouco no futebol. Isso me parece importante.

Sobre o trabalho mental com os jogadores

— Porque se há algo que temos aprendido no futebol, sobretudo ultimamente, é que o mais importante não é o que aconteceu, não é o que vem no futuro, mas a partida de agora, do turno, o treinamento seguinte, o descanso seguinte, o hoje. Pareceria uma frase de livro de autoajuda, mas não é assim. Porque aqui ninguém tem memória. O que queremos saber é como foi a última partida, como foi o Fluminense hoje com o Grêmio. Ah, ganhou? Boa notícia. Então, a nossa mentalidade é o próximo jogo, qual é? Grêmio? Vamos. Não joga Thiago, não joga… Bom, vamos, vamos. Tem que jogar outro, tem que entrar outro, tem que fazer bem. E aí é onde entra a parte de bons jogadores, boas alternativas, que eu não escolhi. O presidente Mário e toda a sua direção junto a Mano Menezes, quando armaram o plantel, e com o Renato, a metade do ano, disseram, traz este jogador, este, este, e assim entre todos, se arma um bom plantel. Então, para mim, me resta a tarefa de colocar, tirar, colocar, tirar e competir bem. Mas não é um trabalho extraordinário, é a realidade. Pensar no próximo jogo. Agora vem Bahia. Pensar em Bahia e depois, claro, que temos a semifinal aqui, claro, mas o que tem que atender é o partido imediato, porque o torcedor quer o partido imediato, o presidente quer o partido imediato, eu quero o partido imediato, vocês querem o partido imediato. Bom, o partido imediato agora qual é? Bahia. Então vamos pensar em Bahia.

Sobre a retomada de confiança do Flu após o Mundial

— Se analisarmos finamente o calendário, depois da Copa do Mundo, o que aconteceu, é que o Fluminense teve um sequência muito complicada. Enfrentou quatro ou cinco equipes muito fortes, e voltando da Copa do Mundo, de repente encontrando-se com essas equipes, que eram Palmeiras, Flamengo, isso que eu vivia agora, nessa última etapa. Mas claro, tendo a Copa do Mundo, todo o desgaste, mudar o chip, era muito difícil passar por isso e sair bem dessa situação. E ainda assim, tirando esse bloco, acho que o time recuperou a confiança, pôde voltar a subir no Brasileirão, pôde entrar na semifinal da Copa do Brasil, e não passou de fase na Sul-Americana, mas por um gol e para o campeão. Então eu acho que o panorama, depois do Mundial, não foi tão negativo como pensamos todos. De fato, o Renato poderia ter seguido tranquilamente, porque estava fazendo um bom trabalho, e ele disse que o trabalho havia sido muito bom, e eu compartilho com isso. Então eu simplesmente dei continuidade com a minha maneira de ver o futebol, com a nossa comissão, que tem coisas parecidas com a do Renato, com a de muitos treinadores. Então trabalho e sigo uma linha que o clube tem. E assim, por enquanto, vamos bem.

Avaliação do trabalho de Renato e Mano no Fluminense

— A temporada começa com Mano Menezes, que saiu na primeira rodada do Brasileirão, depois de um 2024 difícil, mas conseguiu fazer com que o Fluminense ficasse na Série A. Depois o trabalho seguiu com o Renato, que também fez um bom trabalho. No Brasileirão, estava entre os 10 primeiro, ficou em 4º na Copa do Mundo de Clubes, competindo bem e ganhando de times importantes, e na Copa do Brasil, está na semifinal. Isso de resultados, mas de jogo também, já que o time era protagonista. Então, ele sai por seus motivos, que mais ou menos ele disse na coletiva. Eu gosto da equipe, do plantel, e sempre declarei que o plantel era muito bom, porque havia variedade de jogadores, perfis diferentes, e isso, para mim, é muito importante, pela experiência, que não é muita, tive um ano e pouco com o São Paulo, pela experiência que tenho, é importante ter bons jogadores, e variedade de jogadores para poder ter alternativas em casos de lesão.

Comparação entre treinadores brasileiros e estrangeiros

— O Grêmio tocou o céu com as mãos com o Renato, que é um treinador brasileiro. E o Mano está fazendo um bom trabalho aqui, porque está competindo entre os primeiros 10 colocados. Então, eu não colocaria uma bandeira no treinador, se consideram que é capaz, se consideram que vai com a cultura do clube, para mim é muito importante a cultura do clube, e o perfil do treinador, não importa a bandeira, o perfil do treinador. Considero que o Mano tem o perfil para estar no Grêmio, e que o Renato também, os resultados falam.

Sobre sondagem do Internacional e escolha pelo Fluminense

— Não, são coisas da vida. Na verdade, não me detenho a pensar muito no que poderia ter sido ou não. A verdade é que quando me chamaram no Fluminense, em dois minutos, entramos de acordo com o Mário. Nem a parte econômica se falou muito. O Clube já tinha preestabelecido um valor. Em dois minutos, tudo se solucionou. Isso significa que a possibilidade estava aí, e eu gostei. Então, o mais importante é que o time está funcionando. Estamos conseguindo o resultado que queríamos, e estamos lá para ver se podemos entrar na Libertadores de forma direta, além da Copa do Brasil.

Jogadores do Fluminense comemoram gol diante do Grêmio pelo Brasileirão
Jogadores do Fluminense comemoram gol diante do Grêmio pelo Brasileirão (Foto: Willian Abi/Pera Photo Press/Gazeta Press)
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