Fluminense vê queda em finalizações após paralisação e novo esquema

Time comandado por Odair Hellmann marcou apenas dois gols em jogos oficiais desde a retomada do futebol e ainda não venceu

Odair Hellmann - Grêmio x Fluminense
Fluminense foi derrotado pelo Grêmio na Arena na estreia do Brasileirão (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

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Novo campeonato e velhos problemas. Se em 2019, ainda com Fernando Diniz, o Fluminense criava muito e era pouco eficiente, o time de Odair Hellmann já tem tido dificuldades até de fazer as oportunidades aparecerem. O resultado é o mesmo: um time que pouco faz gols e já inicia o Brasileirão sob desconfiança. A derrota para o Grêmio foi a 8ª partida das 24 em 2020 sem marcar, ou seja, em um a cada três jogos o Flu passou em branco. Após a paralisação causada pela pandemia do novo coronavírus, a equipe das Laranjeiras ainda não venceu jogos oficiais.

Sem levar em conta os amistosos contra o Botafogo, o Fluminense marcou dois gols em sete jogos. Antes da pandemia, foram 32 bolas na rede em 15 confrontos e uma média de aproximadamente 2,1. Em termos de finalização, o número também caiu. Baseado em informações do "SofaScore" e nos scouts divulgados pela Acerj após as partidas, o Flu tem uma média de 9,28 finalizações por jogo depois do retorno (antes era de 9,8), sendo 3,28 certas e 4,57 fora do gol.

A maior razão para os números mais baixos está justamente na construção das jogadas ofensivas. Atualmente, Odair utiliza um esquema diferente do que vinha sendo feito antes da paralisação. Com Nenê mais "isolado" na direita e Marcos Paulo muitas vezes preso do lado esquerdo, Evanilson fica sozinho. Falando no centroavante, os dois gols marcados por ele nesse retorno foram os únicos nascidos em jogadas trabalhadas, primeiro no jogo de ida da final do Campeonato Carioca contra o Flamengo e depois no segundo amistoso contra o Botafogo. Quando Gilberto balançou a rede na final da Taça Rio, a chance nasceu de bola parada. No lance de Michel Araújo no primeiro amistoso, a defesa adversária bobeou.

Contra o Grêmio, o Fluminense teve 10 finalizações, sendo quatro no gol. As mais perigosas foram primeiro com Dodi, com um chute de fora da área após rebote da cobrança de falta. Depois, perto do meio de campo, Nenê apareceu pelo meio, recebeu de Yuri, mas, mesmo tendo Evanilson e Marcos Paulo por perto, optou por chutar de longe. Ainda no primeiro tempo, Marcos Paulo e Evanilson estavam aproximados e o primeiro deu uma cavadinha para o segundo avançar e aparecer livre na área, mas Vanderlei defendeu. Foi a melhor chance.

No segundo tempo, Michel Araújo veio pelo meio e encontrou Nenê parado na direita. O meia recebeu e tentou o chute longo. Outra tentativa de longa distância foi com Yago, que tinha Marcos Paulo, Evanilson, esses mais próximos, e Nenê como opção de passe.

– Precisamos caprichar mais no detalhe no último terço do campo, no último passe. Finalizar melhor. A equipe vem fazendo um grande trabalho, estreamos bem, mas infelizmente não do jeito que queríamos. É trabalhar e concentrar na finalização, tenho certeza que na quarta faremos um grande jogo e sairemos com um resultado positivo - avaliou o volante Dodi após o confronto.

Colocando novamente o modelo de jogo à prova, o Fluminense volta a entrar em campo neste domingo, às 21h30, no Maracanã. O adversário é novamente um dos mais complicados deste Brasileirão: o Palmeiras, atual campeão paulista. 

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