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Emocionado, Abel relata drama em ano doloroso: ‘Minha alma gritava’

Em entrevista ao 'Esporte Espetacular', treinador lembra temporada conturbada dentro de campo e de fortes emoções fora dele. Para 2018, diz que mudará: 'Não quero ser tão chato'

(Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C.)
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Se a temporada foi difícil para o torcedor do Fluminense, imagina para Abel Braga. Além de diversos problemas no elenco, o treinador passou por um dos piores momentos de sua vida: a perda do filho João Pedro. O dia mais doloroso do ano não sai da cabeça de Abelão, que relembrou o drama em entrevista ao 'Esporte Espetacular'. Para ele, o apoio de todo o Brasil foi inesquecível. 

- É como se tivesse acontecido no país inteiro. Naquele momento (em que o Maracanã fez um minuto de silêncio) eu não era o Abel treinador do Fluminense, era o Abel do Brasil. Estava dando o exemplo para muita gente, não sei o porquê. Aquele minuto é inesquecível para mim porque eu lembro do silêncio, mas me dá impressão, minha alma gritava. 

A marca ficará para o resto da vida de Abel Braga. E as lembranças do filho também, junto com os ensinamentos deixados. O treinador diz que para 2018 quer apenas saúde e, a partir de agora, terá uma nova postura dentro e fora de campo.

- Não me incomoda mais pequenos dramas. Hoje vejo o quanto me aborreci, o quanto, de repente, não tratei da melhor maneira possível. Não vale a pena. E te falo isso porque nesse ano até meu último dia de vida vai ficar um vazio que não vai ser preenchido. A dor não vai sumir, a saudade não vai desaparecer. Quando eu chegava em casa eu falava: “E aí, filho?!” “E aí, pai”. E aí, eu beijava a testa dele. Vou lembrar disso - diz Abelão, emocionado, antes de revelar uma mudança no jeito de ser.

- E que eu não esqueça: não quero ser tão chato quanto eu era. O meu filho me ensinou isso e acho que é dessa maneira que ele ensinou o Brasil a me ver.