Lições da Liberta: os erros que o Fla não pode repetir contra o Corinthians

Derrota para o Cruzeiro por 2 a 0, no jogo de ida das oitavas da Libertadores, está "fresca na memória" do Rubro-Negro, que recebe o rival paulista pela semifinal da Copa do Brasil

Cruzeiro x Flamengo
Everton Ribeiro é um dos principais nomes do Flamengo na temporada (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

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A derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro, no Maracanã, foi dolorosa, mas pode servir de lição para o Flamengo na busca por títulos ainda nesta temporada. Contra o Corinthians, na quarta-feira, o Rubro-Negro abre a semifinal da Copa do Brasil como mandante e, para levar uma vantagem para a partida de volta, em São Paulo, não pode repetir os erros cometidos diante da Raposa há um mês.

Algumas das dificuldades que se apresentaram na Libertadores podem se repetir diante do Corinthians e o técnico Maurício Barbieri está ciente disso.

- Vamos enfrentar um rival difícil e muito qualificado. Temos que ter bastante humildade e foco, estudá-los bastante para buscar o resultado positivo - disse.

'PLANO B' PARA A AUSÊNCIA DE PAQUETÁ E/OU CUÉLLAR

O Flamengo trabalha com a possibilidade de contar com os "selecionáveis" para o jogo no Rio, mas a comissão técnica só saberá se Lucas Paquetá e Cuéllar terão condições de jogo nas primeiras horas de quarta, quando a dupla se reapresentará ao clube após disputarem amistosos pelas seleções de Brasil e Colômbia, respectivamente, nos Estados Unidos, na terça, véspera da semifinal.

Assim, é preciso que o treinador encontre alternativas para tais ausências. No duelo com o Cruzeiro, pelas oitavas da Libertadores, Paquetá estava suspenso e Barbieri escolheu Jean Lucas. A opção pelo garoto como substituto do meia não mostrou-se acertada. Desde então, o jovem não foi mais utilizado no Fla.

Jean Lucas apresentou certo nervosismo e errou lances simples nos minutos iniciais. Foi um reflexo do começo ruim do Flamengo na partida - o qual custou caro: Arrascaeta aproveitou falha da defesa e abriu o placar aos nove minutos.

Para a função de Paquetá, Barbieri ganhou o "reforço" de Willian Arão, que voltou a ter boas atuações com a camisa do Flamengo. Caso Cuéllar não reúna condições de jogo, a situação é mais crítica Piris da Motta, substituto natural do colombiano, não está inscrito na Copa do Brasil. Assim, Rômulo e Ronaldo são os nomes a serem testados, mas a dupla não vem tendo chances em 2018.

DESATENÇÃO DEFENSIVA

O primeiro gol do Cruzeiro irritou bastante o treinador do Fla. Afinal, como ele mesmo admitiu após a derrota no Maracanã, a movimentação de Arrascaeta havia sido estudada pela comissão técnica e passado ao elenco na preparação para o jogo. A desatenção deixou a Raposa confortável no Rio de Janeiro, podendo assumir uma postura mais defensiva e administrar a vantagem.

O Corinthians, por características do elenco e do novo treinador, Jair Ventura, pode adotar estratégia semelhante. Minimizar os erros defensivos e retomar a eficiência do ataque são os pontos a serem trabalhados pelo Rubro-Negro.

Quanto à formação da linha de defesa, Barbieri só tem dúvida na lateral-direita. Rodinei deixou o jogo de sábado, contra a Chape, com dores na coxa esquerda. Se não puder atuar, Pará será o titular ao lado de Réver, Léo Duarte e Renê.

TRANSIÇÃO MAIS RÁPIDA

Atrás do placar e contra uma defesa bem organizada por Mano Menezes, o Flamengo teve dificuldades para chegar com perigo à meta de Fábio e apelou para o "chuveirinho": foram 23 cruzamentos feitos sem sucesso. Na avaliação de Barbieri, o Flamengo pecou na transição para o ataque, retendo demais a bola e dando o tempo necessário para as linhas adversárias se organizarem.

A transição passará pelos pés de Cuéllar e Paquetá ou de quem substituí-los. Arão, por sua vez, pode ter papel importante nesta função, visto que tem atuado com liberdade para apoiar o ataque pelo lado direito, fazendo boa dupla com Everton Ribeiro. Diego, em boa sequência, pode ser fundamental.

- Precisamos acelerar mais a bola, ter paciência e errar menos nas chances criadas. Se aproveitarmos cedo, a tendência natural é que o adversário saia para o jogo e tenhamos espaços para jogar - avaliou Maurício Barbieri, em agosto, após a derrota para o Flamengo para o Cruzeiro, no Maracaa, por 2 a 0.

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