Gabi(não só)gol! Atacante chega ao Fla podendo provar versatilidade

Jogador, que atuava pelas pontas, se adaptou à posição no ano passado, sob o comando de Jair Ventura, no Santos, e chega ao Rubro-Negro dando possibilidade a Abel Braga

Gabigol - Primeiro Treino
(Marcelo Cortes/Flamengo)

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Gabriel Barbosa, o Gabigol, ostentará a camisa 9 no Flamengo. O apelido e o número às costas indicam que ele será a responsável por balançar a rede nesta temporada. Porém, durante a apresentação, que aconteceu na última sexta-feira, o jogador fez questão de ressaltar a versatilidade, lembrando que, no Santos, atuou em quase todas as posições do setor ofensivo.

Assim, Gabigol pode se tornar um trunfo para o técnico Abel Braga. Isso porque, um dos focos da diretoria antes do término da janela é a contratação de um atacante que atue pelos lados - Bruno Henrique tem conversas avançadas -, mas, neste começo de temporada, o recém-contrato pode fazer a função.

Gabigol pode ser usado na ponta direita
(Reprodução)

Quando saiu do Santos pela primeira vez, esta era a função de Gabigol. Nesta segunda passagem, porém, foi colocado como referência do ataque pelo técnico Jair Ventura. No período de adaptação, passou por um período de jejum de gols. Mas, após a chegada de Cuca, deslanchou e se tornou o jogador mais importante do Santos na temporada, sendo o artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 18 gols.

Para a posição de 9, Abel tem à disposição, além de Gabigol, Uribe, Henrique Dourado e o jovem Lincoln. Já para as pontas, Everton Ribeiro, Vitinho e Berrío.

Gabigol chegou ao Flamengo para ser referência
(Reprodução)

Quando apresentado, o treinador disse que pretende utilizar o 4-3-3, mas que, no tom moderno, seria o 4-1-4-1. Nesta segunda opção, caso utilize apenas um volante, Abel pode usar Everton Ribeiro e Diego (ou Arrascaeta) juntos no meio, tendo o ataque com Gabigol, Vitinho e Uribe (ou Dourado).

Apesar de, em trabalhos anteriores, Abel ter demonstrado gostar de trabalhar com um centroavante, Gabigol dá, inclusive, a chance de o treinador não ter esse homem de referência, "ganhando" uma posição no meio de campo -  setor que promete ter grande disputa de vagas -, passando para o 4-1-3-2. 

Com Gabigol aberto, Fla pode jogar sem centroavante
(Reprodução)

COM A PALAVRA

Ana Canhedo - setorista de Santos


"Gabriel começou bem a temporada. Depois, ele ficou ficou alguns jogos sem marcar, teve um jejum de gols. Um período bem difícil para ele porque foi quando o Jair passou a usá-lo como centroavante. Ele teve um pouco de dificuldade de se adaptar à posição, para achar como poderia se posicionar como um centroavante mesmo. Isso veio mais com o tempo, com o passar dos jogos, com o decorrer da temporada. 

Em alguns jogos ele foi usado pelos lados, como costumava jogar. Mas a maior parte da temporada ele passou jogando mais centralizado. Quando ele se refere a jogar como meia, foi quando jogou centralizado, mas mais recuado. 

Depois, ele decolou. Principalmente, no segundo semestre, ele teve um período muito bom. Foi artilheiro do Campeonato Brasileiro, foi um dos nomes mais importantes para o time. Ele se adaptou bem à chegada do Cuca e deslanchou.

Acho que ele foi o protagonista do Santos em 2018, com os gols no Brasileirão, titular em quase todos os jogos. Foi uma grande temporada, quando conseguiu reencontrar o bom futebol.

Acredito que chegando ao Flamengo, com a camisa 9, seja para ser usado como centroavante mesmo, que foi uma posição que ele desenvolveu ano passado. Antes, ele era mais ponta mesmo, como quando saiu do Santos pela primeira vez. Acho que ele se encontrou como centroavante. Mas, no começo, não foi fácil, não.  Teve bastante dificuldade para se achar, em termos de posição, girar em cima dos zagueiros. O Jair até brincava dizendo que ele sempre queria sair da área"

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