Bruno Henrique e irmão viram réus no DF por fraude em apostas esportivas
Decisão foi publicada nesta sexta-feira (25)

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Bruno Henrique, atacante do Flamengo, virou réu na justiça do Distrito Federal por fraude em apostas esportivas. A informação foi publicada pelo G1 e confirmada pelo Lance!. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal.
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Ele e o irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, se tornaram réus por fraude em competição esportiva. O caso envolve o cartão recebido por Bruno Henrique na partida contra o Santos pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023.
— De acordo com a denúncia, Bruno Henrique teria, de forma deliberada, praticado conduta antiesportiva para ser punido com cartão o que beneficiaria seu irmão, o também denunciado Wander, o qual incentivou o comportamento criminoso e ainda apostou — diz trecho da decisão do juiz Fernando Brandini Barbagalo. O magistrado também aponta que há "justa causa" para início da ação penal por fraude esportiva.
Por outro lado, o juiz da 7ª Vara Criminal de Brasília indeferiu a denúncia em relação a todos os envolvidos pelo crime de estelionato. Bruno Henrique e o irmão terão 10 dias para apresentar a defesa após serem comunicados oficialmente pela justiça.
Relembre o caso
O jogador começou a ser investigado em 2024 por suspeita de manipulação de resultados ligados a cartões amarelos durante partidas, após a Polícia Federal e o Ministério Público instaurarem a chamada Operação Spot‑Fixing. O caso ganhou força por conta de uma jogada específica em 1º de novembro de 2023, no confronto entre Flamengo e Santos, quando Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo seguido de expulsão por reclamação acentuada da arbitragem. As autoridades investigam se o atleta provocou propositalmente a punição, sabendo que parentes e amigos fariam apostas específicas com base nessa informação privilegiada.
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Segundo a Polícia Federal, o atacante teria beneficiado seu próprio irmão, cunhada, prima e outros sete apostadores, que apostaram no cartão amarelo por meio de casas como Kaizen Gaming, GaleraBet e Betano, obtendo lucros que chegam a R$ 5.000 em alguns casos. As mensagens encontradas no celular do irmão de Bruno Henrique incluem conversas em que o atleta confirma estar “pendurado” e instrui o momento de ser advertido, gerando evidências contundentes para o seu indiciamento por estelionato e fraude em evento esportivo.
Em 16 de abril de 2025, Bruno Henrique foi formalmente indiciado pela Polícia Federal, no âmbito criminal, enquanto o STJD, instância esportiva, já havia aberto inquérito em novembro de 2024 e recebeu os autos da PF em junho de 2025 para avaliação disciplinar. Na sequência, em maio, ele prestou depoimento ao tribunal esportivo por videoconferência, adiando sua ida presencial devido a compromissos com o Flamengo, e sua defesa solicitou diversas medidas, como o pedido de arquivamento e transferência do processo da Justiça Distrital para a Justiça Federal.
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