‘Vacinado’ contra pressão, Abel vê jogo legítimo em São Januário: ‘Queria eu ter minha casa’

Treinador do Flu concorda com decisão do Vasco em mandar o clássico no estádio, não revela substituto de Sornoza e diz que, depois de domingo, time está mais maduro

Medo de São Januário? Abel segue tranquilo. Confira imagens na galeria a seguir
FOTO NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.

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Doze anos depois, o Fluminense volta a enfrentar o Vasco em São Januário. A decisão da diretoria cruz-maltina de mandar o jogo no estádio com capacidade para cerca de 20 mil pessoas incomodou alguns tricolores, ainda mais pelo fato de ter apenas 5% de ingressos destinados à torcida do Flu. Para Abel Braga, no entanto, a decisão é legítima. O adversário tem o mando de campo e vai jogar onde se sente à vontade.

'Não acostumamos ainda em lugar nenhum. Nós não temos casa'

- Vasco tem que aproveitar o fator campo. Legítimo. Jogar onde tem a torcida, onde treina. É importante. Não vejo nada de ruim. Queria eu ter a minha casa nos jogos como mandantes. Não acostumamos ainda em lugar nenhum. Nós não temos casa. Los Larios, Bangu, Edson Passos, Maracanã, Engenhão, Juiz de Fora que era mando nosso. Eles têm plenas condições. Não vai ser motivo pra gente justificar nada - disse Abelão, após o treino de sexta no CT Pedro Antonio.

Sem Sornoza, lesionado, o treinador não deu pistas de quem começa jogando. No entanto, ao fim do treino, Douglas estava no time sem colete. Além disso, Abel disse que não mudará o esquema tático da equipe e a peça que mais se encaixa é o camisa 8. Se confirmado, pelo menos sete titulares vão jogar pela primeira vez na Colina como profissionais. Se vão sentir a pressão?

'Jogamos no estádio com maior pressão, o Independência. Em São Januário dá para jogar'

- Nisso nós já estamos vacinados. Quebramos um tabu. Depois de domingo passado, não sentimos mais. Jogamos no estádio que mais sofre pressão para jogar, que é o Independência. Lá, os cara estão em cima de você, a um metro da linha. No Vasco até fica distante. Em São Januário dá para jogar, mas é claro que a pressão vai ser grande - concluiu o treinador.

O treinador, que teve passagens pelo Vasco em 1995 e 2000, teve bons momentos no estádio. Como treinador, foi onde ganhou projeção na carreira. Entre 1976 e 1979, o zagueiro cresceu no futebol e foi contratado pelo Paris Saint Germain. E se o jogo estivesse complicado? Abel revelou uma tática 'infalível'.

'Foi no Vasco que consegui meu apogeu, um turno sem sofrer gol. Depois fui pro PSG, Copa do Mundo'

- Vivi momentos muito bons. É muito difícil perder em São Januário. Quando negócio estava complicado, caía na área era cal. Pior momento pra mim foi o jogo contra o Londrina, quebrou a gente no meio. Foi no Vasco que consegui meu apogeu, um turno sem sofrer gol, barreira do inferno. Depois fui pra Paris Saint Germain, Copa do Mundo. É legítimo jogar em São Januário, o Vasco tem estádio. Vamos tentar contrariar de todas as formas.

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