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Entenda por que não houve B.O. em caso do cartão corporativo do Corinthians

Ex-dirigentes são investigados por gastos indevidos

imagem cameraEx-dirigentes são acusados por gastos indevidos com cartões do Corinthians (Foto: Peter Leone/Lancepress)
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Ulisses Lopresti
São Paulo (SP)
Dia 01/08/2025
18:23

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Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, falou sobre as denúncias que envolvem gastos indevidos dos ex-presidentes Duilio Monteiro Alves, e Andrés Sanchez com cartões corporativos do clube alvinegro.

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Recentemente, faturas vazadas revelaram gastos indevidos com o cartão corporativo do Corinthians durante diferentes gestões. Andrés Sanchez admitiu ter utilizado o benefício para custear uma viagem pessoal ao Rio Grande do Norte, em 2020, com despesas que somam R$ 9 mil. Duilio Monteiro Alves foi acusado de gastar R$ 86 mil em 176 compras ao longo de 2023, incluindo carnes nobres, cigarros e medicamentos para disfunção erétil. Ele, por sua vez, nega a veracidade das faturas.

Tuma explicou que o caso será apurado pelo órgão fiscalizador do Corinthians, mas que não é possível registrar um Boletim de Ocorrência por apropriação indébita neste momento. Segundo ele, a legislação exige que o acusado seja notificado e tenha a oportunidade de devolver os valores antes que o crime possa ser caracterizado. Isso ainda não aconteceu porque o clube não conseguiu acessar as faturas do período em questão.

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— Sobre o boletim de ocorrência, não compete ao Conselho Deliberativo fazer o BO. Por que vou fazer BO de apropriação indébita? O Andrés mandou ofício para mim, disse que tinha uma despesa no nome dele e que não foi avisado. Ele chegou e pagou. Poderia se esconder. Isso é confissão, não sei se é. Ele fez ofício e pagou o clube — disse o presidente do Conselho.

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Romeu Tuma
(Foto: Ulisses Lopresti/Lance!)

Explicação e investigação do Corinthians

Após as denúncias, Andrés Sanchez assumiu os gastos indevidos na viagem para o Rio Grande do Norte por ter se confundido com o cartão. O ex-dirigente alega que não recebeu uma notificação dos gastos, e que pagou R$ 15 mil ao clube após as denúncias.

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O fato de o pagamento ter sido realizado impede que o Corinthians acuse apropriação indébita neste caso. A diretoria alvinegra tenta acessar as faturas antigas, inclusive para comprovar se houve pedido de ressarcimento. No entanto, os documentos não foram encontrados. O Ministério Público abriu investigação contra os ex-dirigentes, e Romeu Tuma Jr. afirmou que também apurará o caso internamente, conforme prevê o estatuto do clube.

— Não sei se é apropriação indébita. Não estou defendendo, mas estou dizendo que não é caso do Conselho Deliberativo fazer BO. Não sei se o crime está configurado, quem vai dizer se está configurado é o Ministério Público. Não me cobraram para caramba no caso do Augusto de esperar inquérito, vocês são imprensa livre. Como vamos ter um presidente réu com o clube como assistente de acusação? Como isso? O Corinthians não apura crime, apura infração estatutária — disse o dirigente.

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