menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Textor rebate acusações do Lyon e reafirma dívida do clube francês com o Botafogo

Transações envolvendo ex-jogadores do Glorioso levantaram suspeitas na Europa

Leonardo-bessa-aspect-ratio-1024-1024
Leonardo Bessa
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 04/12/2025
18:19
John Textor é o dono da SAF do Botafogo (Foto: Juan Mabromata/AFP)
imagem cameraJohn Textor é o dono da SAF do Botafogo (Foto: Juan Mabromata/AFP)

  • Matéria
  • Mais Notícias

Dono da SAF do Botafogo, o empresário John Textor rebateu as acusações feitas por dirigentes do Lyon, em publicação feita pelo jornal "L'Équipe", da França, dando conta de supostas transações "fantasma" no período em que esteve à frente da gestão. O estadunidense usou seu site oficial para se defender.

continua após a publicidade

➡️ Europeus enlouquecem com atuação de ex-Botafogo: 'Nunca vi isso'

➡️ Flamengo alfineta John Textor, do Botafogo, após título do Brasileirão

O Lyon investiga internamente as transferências de direitos econômicos de Luiz Henrique, Igor Jesus, Thiago Almada, Jair e Savarino. Da lista, apenas Almada defendeu o clube francês por empréstimo de janeiro até o meio deste ano. Textor vê que dirigentes foram pressionados e, por isso, cederam.

— Está claro que a pressão dos presidentes da Ligue 1, todos bons amigos do ex-presidente do Lyon, foi exercida constantemente sobre a liga, a federação e a DNCG, com o objetivo de eliminar as vantagens esportivas do nosso modelo multi-clubes. Isso foi admitido na primavera de 2023 pelo presidente do Nice. Um homem honesto explicando o inexplicável. Ele disse que não queria entrar com o protesto, mas tinha dado a palavra para um amigo. Conluio malicioso à luz do dia. Os presidentes da Ligue 1 já estavam irritadas com a nossa ascensão da lanterna para a Liga Europa — disse Textor.

continua após a publicidade

Esta operação gerou um passivo declarado ao clube europeu de cerca de 120 milhões de euros (R$ 743 milhões). O dono da SAF do Botafogo, no entanto, afirma que a dívida, na verdade, é do Lyon com o clube carioca e que as transações constam nos órgãos reguladores da França.

— Durante o período de alta colaboração, que beneficiou todos os clubes da Eagle, o Botafogo transferiu 146 milhões de euros em dinheiro, via remessas diretas, para contas do OL, aproximadamente 80 milhões dos quais relacionados à venda dos jogadores com "direitos do OL". Em troca, por meio de nossa abordagem de centralização de caixa ("cash pooling"), o OL transferiu aproximadamente 42 milhões de euros, em vários momentos, de volta ao Botafogo. Outros 23 milhões em taxas de transação e custos de financiamento seriam divididos igualmente entre os clubes, deixando aproximadamente 35 milhões de euros (R$ 216 milhões) devidos pelo OL ao Botafogo — escreveu John Textor.

continua após a publicidade
John Textor é o dono da SAF do Botafogo (Foto: Alexandre Brum/Agencia Enquadrar/Gazeta Press)
John Textor é o dono da SAF do Botafogo (Foto: Alexandre Brum/Agencia Enquadrar/Gazeta Press)

➡️ Tudo sobre o Fogão agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Botafogo

➡️ Tudo sobre os maiores times e as grandes estrelas do futebol no mundo afora agora no WhatsApp. Siga o nosso canal Lance! Futebol Internacional

Leia a nota completa de John Textor:

"Para ser claro, Lyon merecia ter esses jogadores atuando lá, e essa foi nossa exigência repetida que pressionou o DNCG. Infelizmente, com vários presidentes de clubes trabalhando para protestar contra nossas transferências dentro da rede, nunca tivemos a resposta para essa questão antes da nossa reunião do dia 24 de junho. Com amplas reservas de caixa, um volume significativo de contratações e um grupo positivo de investidores, fomos administrativamente rebaixados por um DNCG que nos forçou a ter uma mudança de liderança.

No fim das contas, os direitos dos jogadores nunca foram transferidos de volta ao Botafogo, porque, sem a concordância dos atletas, os contratos de transferência não poderiam ser finalizados. O OL, portanto, reteve todos os direitos econômicos sobre as futuras receitas de vendas de todos os jogadores que comprou do Botafogo – e o OL foi pago em dinheiro em espécie (mais de) 100% das receitas recebidas pelo Botafogo, em relação às transferências finais para Zenit, Nottingham Forest e Atlético de Madrid.

Durante o nosso período de alta colaboração, que beneficiou todos os clubes da Eagle, o Botafogo transferiu 146 milhões de euros em dinheiro, via transferências diretas, para contas do OL, aproximadamente 80 milhões dos quais relacionados à venda dos jogadores com "direitos do OL". Em troca, por meio de nossa abordagem de caixa único ("cash pooling"), o OL transferiu aproximadamente 42 milhões de euros, em vários momentos, de volta ao Botafogo. Outros 23 milhões em taxas de transação e custos de financiamento seriam divididos igualmente entre os clubes, deixando aproximadamente 35 milhões de euros devidos pelo OL ao Botafogo.

Esses números podem chatear torcedores de qualquer um dos clubes, sob as circunstâncias atuais, mas esse modelo colaborativo multi-clubes de recrutamento e otimização de elenco ajudou a levar o OL do último lugar, após 14 rodadas em 2023, para a Liga Europa no fim da mesma temporada – e ajudou o Botafogo a oferecer um caminho para jogadores de ponta, que nos permitiu subir do acesso vindo da segunda divisão até campeões da Série A do Brasil e da Copa Libertadores, em 2024… Sem mencionar uma vitória memorável contra o melhor time do mundo, o PSG, pelo Botafogo no Mundial de Clubes.

A única pergunta que ainda precisa ser feita é referente à DNCG, e ainda me surpreende que ninguém mais esteja fazendo essa pergunta:

Como a DNCG pode impor sanções retroativas, em janeiro de 2025, e impedir o clube de registrar jogadores que ele já possuía, que foram comprados legalmente entre julho de 2024 e outubro de 2024?

Questionando de outra forma, dada a estrutura única de centralização de caixa entre todos os clubes da Eagle, como a DNCG pode dizer que não podemos pagar pela transferência de jogadores de um clube para outro, quando o custo líquido para a organização Eagle foi zero?"

O propósito da DNCG é garantir sustentabilidade financeira, ou é regular a competição, como os rivais do Lyon claramente pediram?

Os direitos de Luiz Henrique, Thiago Almada e Igor Jesus já haviam sido adquiridos pelo OL, antes da ameaça de restrições de registro… Então, por que eles não puderam jogar pelo OL?

O que está claro é que a pressão de presidentes de clubes da Ligue 1 francesa, todos bons amigos do ex-presidente do OL, foi aplicada constantemente na liga, na FFF e na DNCG, em um esforço para eliminar as vantagens esportivas de nosso modelo multi-clubes. Isso seria admitido publicamente na primavera de 2023 pelo presidente do Nice. Finalmente, um homem honesto que explicou o inexplicável. Ele disse que realmente não queria entrar com o protesto, mas que estava cumprindo uma promessa a um amigo. Conluio malicioso, à luz do dia, confirmada por um membro da velha guarda. Presidentes da Ligue 1 já estavam irritados com nossa ascensão do último lugar para a Liga Europa, após uma janela de transferências sem custos, em 2023/2024... E nenhum deles queria ver a segunda metade de 2025, com Igor Jesus, Thiago Almada e Luiz Henrique impulsionando o OL rumo à UEFA Champions League.

A única explicação para um transfer ban retroativo, vindo de uma organização que alega se preocupar com nossas finanças, seria essa explicação esportiva – porque a DNCG sabia que nossa falha em registrar os jogadores seria uma violação de nossas obrigações com eles, o que permitiria que os jogadores rescindissem seus contratos, cenário em que o OL perderia 100% do valor dos atletas – um cenário de perda total, imposto por uma DNCG que existe apenas para proteger a saúde financeira dos clubes franceses."

  • Matéria
  • Mais Notícias