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Paula Pequeno renasce na Superliga e diz ter pés no chão sobre boa fase

Melhor jogadora da Olimpíada de Pequim ressurge com a camisa do Brasília, expõe mágoa por críticas e diz que precisou buscar forças extras para não desistir após seguidas lesões<br>

Paula Pequeno - Vôlei
(Foto: Divulgação/CBV)

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Paula Pequeno andou discreta nos últimos tempos, mas parecer ter voltado definitivamente à velha forma. Aos 33 anos, a melhor jogadora da Olimpíada de Pequim (CHN), em 2008, é o nome da Superliga Feminina de vôlei.

A ponteira do Terracap/Brasília Vôlei lidera a estatística de maior pontuadora do torneio, com 141 acertos. A fase tem despertado pedidos de fãs para que ela volte à Seleção nos Jogos Rio-2016.

– Meus pés sempre estarão no chão, pois quando passei por momentos difíceis, só minha família e os fãs me apoiavam. De resto, era só crítica, então não tenho motivo para euforia – afirmou Paula, ao LANCE!.

Decidida a não vestir mais a camisa verde e amarela após se sagrar bicampeã olímpica em Londres (ING), em 2012, a atacante enfrentou contusões e momentos pessoais delicados (a atleta não quis entrar em detalhes), que comprometeram seu rendimento.

"A minha missão foi bem cumprida na Seleção. Foram anos de muitos desgastes, mas recompensadores" - Paula Pequeno

Revigorada, ela disputa a terceira temporada na equipe da cidade onde nasceu. Não descarta mudar de ideia sobre decisões passadas, ainda que acredite ter cumprido sua missão no time nacional, de onde saiu insatisfeita ao ser preterida por Fernanda Garay, por decisão do técnico José Roberto Guimarães.

– Não atingi a forma que desejo, mas estou motivada até a me reinventar. O que acontecerá mais para frente está guardado – disse.

Nos últimos anos, a jogadora passou por uma artroscopia no joelho esquerdo para uma limpeza articular na região em 2013, quando defendia o Fenerbahçe (TUR). Em 2014, já em Brasília, torceu o tornozelo direito na reta decisiva da Superliga.

E não parou por aí. De contrato renovado, sonhou com uma temporada melhor em 2014/2015, mas precisou lidar com uma inflamação no quadril e um incômodo no tendão patelar do joelho esquerdo. Mais uma vez, ficou abaixo do esperado.

– Em toda minha carreira, precisei superar situações e fases difíceis. Desta vez, tive de buscar força extra para não desistir – falou a atleta.

O Brasília ocupa a sétima colocação e luta para ir aos playoffs. Foram nove jogos, com quatro vitórias e cinco derrotas. O próximo duelo é contra o Rio do Sul/Equibrasil (5) amanhã, às 18h (de Brasília), em Taguatinga (DF).

BATE-BOLA

Paula Pequeno Ponteira do Brasília ao L!

‘Sinceramente, não sei se recusaria um chamado para a Seleção hoje’

Desde quando você vinha perseguindo a boa fase que vive hoje?
Foram anos difíceis. No Grand Prix de 2012, estive em uma forma próxima do ideal e, desde então, buscava arduamente um momento que me trouxesse segurança, tranquilidade e entusiasmo para render como espero. No vôlei, nada acontece por si só. Dependemos uns dos outros e de ótima preparação física e técnica.

Quem mais te ajudou no seu processo para voltar ao topo?
A família sempre vai estar em primeiro lugar. E hoje posso falar com propriedade que todos com quem trabalho no Brasília me ajudaram. É um grupo que parece ter sido escolhido a dedo. São dedicados, competentes e têm um bom caráter.

Diria que a equipe da atual temporada é a melhor dos três anos?
É o melhor time das três temporadas em todos os aspectos, sem dúvidas. Sabemos que temos muito potencial e que ainda não estamos jogando o que podemos. Temos muito a evoluir, e isso é bom. Queremos ir mais longe do que o esperado, mas é jogo após jogo. O futuro pode ser nosso.

Até quando pretende jogar?
Não faço contas. Enquanto eu amar o que faço e tiver saúde, continuarei.

Você diz que sofreu muitas críticas. De onde elas partiram?
A imprensa, por ser formadora de opinião, precisa ter mais respeito e carinho por todos os atletas que dedicam uma vida ao país. Em todas as modalidades, nós vemos um imediatismo que precisa acabar.

Se um chamado para a Seleção acontecesse hoje, você recusaria?
Sinceramente, eu não sei.

NÚMERO

15,6 pontos de média tem Paula Pequeno na Superliga até o momento. O Brasília disputou nove partidas.

Rexona tenta se manter no topo 

Líder da Superliga com 21 pontos, o Rexona-Ades enfrenta hoje o Camponesa/Minas às 21h30, na Arena Minas, em Belo Horizonte, pela nona rodada do primeiro turno.

A equipe do técnico Bernardinho tem sete vitórias e uma derrota, enquanto o time mineiro, de Paulo Coco, venceu seis e perdeu duas, com 17 pontos.

– Vai ser complicado. Elas também estão embaladas pelos últimos resultados – disse a ponteira Natália.

No mesmo dia, o Sesi-SP encara o Vôlei Nestlé, às 18h30; o Pinheiros/Klar recebe o São Bernardo, às 19h30; o Dentil/Praia Clube pega o Concilig Vôlei Bauru, às 19h30, e o São Cristóvão Saúde/São Caetano joga contra o Renata Valinhos/Country, às 20h.

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