Ex-dirigente garante que houve oferta de suborno para escolha do Qatar-22

Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF (Foto: Divulgação)
Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF (Foto: Divulgação)

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As supostas irregularidades na escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022 estão vindo à tona. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a ex-dirigente do comitê de candidatura do país para sediar o Mundial, Phaedra Al-Majid, disse que testemunhou a oferta de dinheiro para membros da Fifa, além de lobby e acordos para influenciar a eleição.

Phaedra foi uma das principais testemunhas da investigação conduzida pelo ex-promotor americano Michael Garcia, designado pelo comitê de ética da Fifa para apurar denúncias de corrupção no processo que levou, em 2010, à vitória do Qatar sobre os EUA, Coreia do Sul, Austrália e Japão.

- Eu presenciei em Angola a oferta de US$ 1,5 milhão a três africanos do comitê executivo da Fifa em troca de votarem pela candidatura do Qatar - relata.

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A ex-diretora de comunicação internacional do comitê alega sofrer ameaça e intimidação dos cartolas desde que deixou o cargo em 2010.

- Fui demitida porque eles me culpavam por qualquer coisa que saía na mídia contra a candidatura. O que eles não entendiam - e talvez agora entendam - é que podem controlar a imprensa árabe, mas não a internacional - diz.

Phaedra tem versão contraditória às de Fifa e Qatar no que tange à participação do catari Mohamed Bin Hammam no processo de escolha. Ele é suspeito de dar dinheiro em troca de votos a favor do país asiático quando era vice-presidente da Fifa. A entidade e os árabes alegam que Hammam agiu por contra própria e pagou suborno em razão de outros interesses, até porque não fazia parte do comitê de candidatura.

- Eu era a testemunha: o Hammam foi parte integral do processo do Qatar. Era o nosso lobista-chefe da candidatura.

Então integrante do comitê executivo da Fifa, Ricardo Teixeira não foi citado por Phaedra no esquema de envolvimento da escolha do Qatar como sede da Copa-22. A ex-dirigente afirmou não ter presenciado nada que comprometesse o ex-presidente da CBF e outros cartolas sul-americanos.


Teixeira não foi citado por Phaedra no esquema de irregularidades (Foto: Divulgação)

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